Antibióticos e medicamentos para o ácido estomacal promovem obesidade
Crianças tratadas com antibióticos antes do segundo aniversário têm maior probabilidade de se tornarem obesas mais tarde, de acordo com um novo estudo.
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Investigadores analisaram o impacto do tratamento comum para infeções e sugeriram que a deterioração das bactérias no intestino pode ter um efeito a longo prazo no metabolismo das crianças e promover o aumento de peso.
Durante o estudo, os investigadores verificaram que as crianças tinham 26 por cento mais probabilidade de serem diagnosticadas com obesidade infantil se tivessem recebido um antibiótico antes de completarem dois anos de idade. Esse aumento de peso foi maior quanto maior o número de tratamentos.
Por outro lado, também foi observada uma associação entre a obesidade infantil e o uso de medicamentos para tratar o excesso de ácido gástrico.
O estudo, publicado na revista Gut, começou a avaliar o uso de antibióticos e prescrições de antiácidos na primeira infância em crianças com diagnóstico de obesidade.
Analisando os registos de saúde de mais de 333 mil bebés, os cientistas descobriram que quase três quartos (72,4 por cento) tinham recebido um antibiótico.
Aos três anos, 46 993 (14,1 por cento) crianças tornaram-se obesas, das quais 9 628 não receberam antibióticos ou supressores de ácido estomacal.