O Acordo de Paris foi adotado em 2015 como parte de um esforço global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. No ano passado, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que os Estados Unidos iriam retirar-se do acordo climático de Paris.

Neste recente estudo, os cientistas analisaram os efeitos sobre a saúde de vários cenários climáticos tendo como base este acordo internacional.

Depois de analisar dados históricos sobre mortes relacionadas com a temperatura de 23 países, assim como uma ampla gama de condições económicas e climáticas, os cientistas concluíram que um aumento da temperatura de três a quatro graus Celsius resultaria em mais quase nove por cento de mortes relacionadas com o calor.

E, quando comparado com um cenário de aquecimento de mais dois graus Celsius versus 1,5 graus Celsius, as mortes relacionadas com o calor não aumentaram tanto em regiões quentes, como a América do Sul, o Sul da Europa e o Sudeste Asiático. Além disso, as mortes em áreas mais frias permaneceriam estáveis ​​ou diminuiriam ligeiramente.

Assim, as projeções sugerem que um aumento exponencial do número de mortes relacionadas com a temperatura na maioria das regiões do mundo poderia ser limitado se o aquecimento da Terra for mantido abaixo dos dois graus Celsius nos próximos anos.

Atualmente, existe uma trajetória que indica que a temperatura na Terra vai subir mais de três graus Celsius e se esta tendência se confirmar, haverá sérias consequências para a saúde pública em muitas partes do mundo, alertaram os autores.