EXERCÍCIO

Exercício físico elimina proteínas tóxicas dos músculos

A prática de exercício físico contribui para prevenir a disfunção muscular, revelam cientistas internacionais. Um tipo muito comum de disfunção muscular ocorre quando as células do músculo esquelético - que compõe a maior parte do corpo humano - param de receber estímulos.

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Isso ocorre, por exemplo, em casos de lesão no nervo isquiático, ou ciático - geralmente observada em indivíduos que passam muito tempo sentados, como condutores de autocarro - ou quando se está acamado por longos períodos de tempo.

Uma equipa de cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com investigadores dos Estados Unidos e da Noruega, decidiu estudar como funcionam exatamente os estímulos usados para minimizar ou mesmo reverter essa disfunção muscular.

A equipa descobriu que a falta de estímulo para o músculo - como ficar muito tempo sentado, por exemplo – promove a acumulação de proteínas mal processadas dentro das células musculares, o que explica o prejuízo na função do órgão. Essa acumulação decorre do prejuízo na maquinaria celular responsável por identificar e remover tais “lixos” celulares, conhecido como sistema autofágico.

Através de testes com animais de laboratório, os cientistas verificaram que o exercício físico é capaz de manter o sistema autofágico em alerta, facilitando a sua ação quando necessária - como na disfunção muscular induzida por falta de estímulo.

“A atividade física diária sensibiliza o sistema autofágico, facilitando a eliminação de proteínas e organelos pouco funcionais no músculo. A remoção desses componentes nocivos é muito importante, pois quando se acumulam tornam-se tóxicos e contribuem para a disfunção ou mesmo a morte da célula muscular”, explicou Júlio César Batista Ferreira, coordenador da equipa.


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