Cientistas internacionais desenvovleram um novo fármaco que impede o processo de criação de gordura no corpo, o que pode ajudar a combater doenças cardíacas, cancro e demência.

Num estudo feito com ratos, os animais que receberam o comprimido conseguiram permanecer magros, mesmo quando ingeriam alimentos ricos em gordura. O comprimido, denominado PO53, faz com que gorduras como o colesterol sejam queimadas pelos músculos em vez de se acumularem no corpo, e especialistas esperam que isso também funcione em humanos.

Como quase um quarto das pessoas em todo o mundo deve ficar obesa até 2045, os investigadores acreditam que as suas descobertas são um "grande passo" para enfrentar a crise da obesidade a nível mundial.

Cientistas da Universidade de New South Wales, na Austrália, começaram esta experiência para tentar encontrar uma maneira de prevenir a diabetes tipo 2.

Ao realizarem testes em roedores, verificaram que, em vez de afetar o açúcar no sangue, este novo fármaco impediu que os corpos dos ratos desenvolvessem gordura corporal. Os investigadores dizem que esta é a primeira vez que se consegue parar este processo.

O fármaco, que funciona bloqueando uma enzima chamada ceramida sintase 1 (CerS1), faz com que o corpo queime gordura em vez de armazená-la.

Quando a ação desta enzima é interrompida pelo PO53, o corpo queima gorduras como colesterol e triglicerídeos, que vêm de alimentos, em músculos, em vez de armazená-los no tecido adiposo.

O PO53 interrompe a atividade da enzima produtora de gordura CerS1, reduzindo a gordura em todo o corpo sem afetar a resistência à insulina, pelo menos nos animais testados, afirmaram os autores.