"As recomendações nutricionais atuais mostram que uma dieta saudável para o coração é rica em frutas, vegetais, grãos integrais e nozes com moderação. No entanto, existem muitos grupos de alimentos que podem causar alguma confusão aos pacientes, incluindo laticínios, açúcar, café e álcool", disseram os investigadores à National Jewish Health.

Enquanto laticínios com baixo teor de gordura podem reduzir significativamente a pressão arterial, vários estudos mostraram uma ligação entre a ingestão de laticínios e o aumento do colesterol LDL, fraturas e mortalidade por todas as causas.

Não há um consenso claro sobre a ingestão de produtos lácteos entre os especialistas, mas depois de uma revisão de múltiplas investigações, os especialistas determinaram que os laticínios devem ser consumidos com cautela, pois não está claro se há benefícios ou prejuízos.
O consumo de açúcares adicionados tem sido associado ao aumento do risco de doença coronária, acidente vascular cerebral e doença cardiovascular aterosclerótica.

Os investigadores recomendam fortemente que os indivíduos eliminem o máximo de açúcares adicionados da sua dieta, incluindo alimentos processados ​​e bebidas adoçadas com açúcar, como refrigerantes comuns, bebidas à base de frutas e bebidas desportivas.

As leguminosas, onde se engloba o feijão, o grão de bico, a lentilha, a ervilha e a soja, demonstraram reduzir com sucesso a doença coronária e melhorar a glicémia, o colesterol LDL, a pressão arterial sistólica e o peso.

A revisão também avaliou outros alimentos como o café, o chá e o álcool. Em geral, o consumo habitual de café está associado a menores riscos de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares, e não há associação entre o consumo de café e hipertensão.

No caso do chá, tanto o consumo de chá preto e verde sem adição de açúcares, adoçantes, ou leites e cremes parecem ser seguros e até associados a uma melhoria da saúde cardiovascular e dos níveis de lípido no sangue.

Por fim, no caso do álcool, embora a relação entre o consumo de álcool e a doença cardiovascular não esteja clara, a ingestão baixa a moderada está associada à redução do risco de doença cardiovascular total.

No entanto, devido aos riscos de quedas, certos tipos de cancro e doenças do fígado, os especialistas não recomendam que os indivíduos consumam álcool para terem benefícios cardiovasculares.

"Não há um estudo perfeito e único para todos os padrões alimentares para prevenir doenças cardíacas. Mas, a maioria das evidências continua a reforçar que uma dieta predominantemente baseada em vegetais, com menos gordura, açúcares adicionados, sal, alimentos processados ​​e com produtos animais limitados, é a melhor", concluíram os cientistas.