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Fumo passivo na infância aumenta risco de DPOC fatal em adultos

Um estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine, da American Cancer Society, concluiu que a exposição passiva ao fumo do tabaco durante a infância está associada a uma probabilidade 31 por cento superior de morrer de doença pulmonar obstrutiva crónica na idade adulta, mesmo que as pessoas nunca tenham sido fumadoras ativas.

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Já a exposição durante a idade adulta, conclui ainda o mesmo documento, está associada a uma taxa mais elevada de mortalidade.

Os autores analisaram ao longo de duas décadas a ligação entre a exposição ao fumo na infância e na idade adulta a mortes de diferentes causas, num universo de 70 900 homens e mulheres que nunca foram fumadores ativos.

O investigador principal, Ryan Diver, garante, em comunicado, que "este é o primeiro estudo a identificar a associação entre exposição na infância a fumo passivo e morte por uma doença pulmonar obstrutiva crónica na meia-idade ou mais tarde" – sendo que aumenta em 31 por cento a probabilidade desta causa de morte.

Aquilo que estava já mais estabelecido era o efeito de curto prazo da exposição indireta ao fumo, com problemas como asma e infeções respiratórias.

A doença pulmonar obstrutiva crónica é "quase sempre causada pelo contacto com agentes poluentes, principalmente o fumo de tabaco" e resulta na "diminuição do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar", recorda a Fundação Portuguesa do Pulmão.

O estudo adianta ainda que a exposição na infância não está associada a um aumento da mortalidade em geral naquela idade. Já a exposição em idade adulta durante dez horas ou mais por semana pode aumentar em nove por cento a probabilidade de morte – algo que está em linha com a investigação já existente.

Além disso, a exposição em adulto está ainda associada a um risco 27 por cento maior de morte devido a uma cardiopatia isquémica, 23 por cento maior de morte causada por AVC e 42 por cento maior de morte causada por doença pulmonar obstrutiva crónica.

"Em geral, estes resultados apresentam provas adicionais para que se reduza a exposição a fumo passivo ao longo da vida", conclui o estudo.

Fonte: Público

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