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Cerejas podem melhorar saúde intestinal

De acordo com uma nova pesquisa publicada no Journal of Nutritional Biochemistry, as cerejas podem melhorar a saúde intestinal.

Cerejas podem melhorar saúde intestinal

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BIOTECNOLOGIA: A ALQUIMIA DOS TEMPOS MODERNOS

Uma equipa internacional de cientistas descobriu que as cerejas ajudaram a impactar positivamente o microbioma intestinal; o microbioma tem sido o foco de vários estudos nos últimos anos devido ao seu papel potencial na manutenção da saúde digestiva, bem como pelo seu impacto na imunidade, saúde do coração, controlo de açúcar no sangue, controlo de peso e até mesmo na saúde do cérebro.

Os investigadores especulam que os efeitos verificados podem ser devido aos polifenóis, antocianinas e outros flavonoides presentes nas cerejas. Acreditar-se que os polifenóis presentes em alimentos à base de plantas estimulam o crescimento de bactérias boas.

"As cerejas foram um alimento lógico para estudar devido à sua composição única de polifenóis, incluindo ácidos clorogénicos. Os nossos resultados sugerem que a mistura única de polifenol em cerejas ácidas pode ajudar a moldar positivamente o microbioma intestinal, o que poderia ter implicações de longo alcance na saúde", lê-se no artigo.

Os investigadores fizeram experiências em humanos e em laboratórios para determinar o impacto das cerejas no microbioma.

No teste em humanos, nove adultos saudáveis, com idades entre os 23 e os 30 anos, beberam sumo de cereja concentrado, diariamente, durante cinco dias; esses indivíduos não eram fumadores e não tinham tomado antibióticos nas 12 semanas anteriores, e durante o estudo.

Usando amostras de fezes, o microbioma dos participantes foi analisado antes e após a intervenção dietética, e questionários de frequência alimentar foram usados ​​para avaliar a sua dieta geral.

O microbioma foi positivamente alterado, algo medido principalmente pelo aumento de bactérias boas após apenas cinco dias de ingestão do sumo.

Os indivíduos que ingeriram uma dieta mais ocidental (pobre em frutas, vegetais e fibras) tiveram potencialmente uma menor capacidade de metabolizar os polifenóis, reduzindo assim a biodisponibilidade e quaisquer potenciais benefícios para a saúde do consumo de cerejas ácidas.

Apesar de a intervenção dietética ter envolvido um número limitado de voluntários humanos e de mais pesquisas serem necessárias para apoiar essas conclusões, os resultados ajudam a construir a base para futuros estudos e sugerem que as cerejas podem desempenhar um papel na modulação positiva do microbioma e na manutenção da saúde intestinal, disseram os autores.


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