Conheça os perigos da inalação de fumo e como proceder
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou que a inalação de fumos ou de substâncias químicas e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias e emitiu recomendações sobre como agir nestas situações.
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"Existem lesões de inalação devidas ao calor que provocam obstrução e risco de infeção. Além da lesão pelo calor, há possibilidade de lesão pelas substâncias químicas do fumo que provocam inflamação e edema com tosse, broncoconstrição e aumento das secreções", alertou a DGS num comunicado divulgado a propósito do fumo que se alastra na região do Algarve devido ao incêndio na serra de Monchique.
As crianças, os doentes respiratórios crónicos e os idosos são os mais vulneráveis. De acordo com a DGS, existe ainda a possibilidade de surgirem lesões mais tardias e mais graves, com destruição celular, que, em casos extremos, causam falência respiratória.
Para evitar os efeitos nefastos da exposição ao fumo, a DGS aconselha a população a permanecer no interior de edifícios, afirmando que "é a forma mais efetiva de prevenir danos".
Nas situações em que já houve inalação de fumo, a pessoa deve ser retirada do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor, adianta a DGS.
Os "sinais de alarme" resultantes desta situação são queimaduras faciais, sinais de dificuldade respiratória ou alteração do estado de consciência.
A DGS alerta ainda para o "mito do leite", esclarecendo que este "não é um antídoto para o monóxido de carbono. Não vem descrita em artigos científicos a sua utilidade".
Em caso de emergência, deve ligar-se para o 112 e para obter informações para a linha SNS 24: 808 24 24 24.