Viver em grandes cidades pode não ser saudável
A saúde do coração pode estar relacionada com mais fatores além da dieta, exercício e stress. De acordo com um novo estudo de cientistas do Reino Unido, o sítio onde as pessoas vivem pode mudar a estrutura dos seus corações.
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Uma equipa de investigadores acompanhou 3 920 pessoas sem doenças cardiovasculares preexistentes com idades entre os 55 e os 70 anos, num período de cinco anos, e descobriu que mesmo a exposição a baixos níveis de poluição do ar estava associada a um aumento de um a dois por cento nas câmaras de bombeamento do coração.
A equipa analisou especificamente a exposição dos participantes a partículas finas no ar, conhecidas como partículas 2.5 ou PM2.5, e dióxido de nitrogénio - NO2 - um poluente atmosférico proeminente.
"Mesmo exposições de curta duração a partículas finas que compõem a poluição do ar podem desencadear ataques cardíacos, derrames, ritmos cardíacos anormais e piorar a insuficiência cardíaca", explicaram os investigadores.
Segundo o estudo, "ambientes próximos de estradas também podem afetar a saúde do coração e a estrutura e função dos vasos sanguíneos".
Estudos anteriores já tinham mostrado que existe uma ligação entre a exposição à poluição do ar ambiente, a vida perto de estradas movimentadas e a saúde cardíaca e respiratória.
O presente estudo foi um dos primeiros a mostrar uma associação entre poluentes atmosféricos específicos e um aumento no tamanho das câmaras cardíacas naqueles sem qualquer doença cardiovascular preexistente.
Embora um aumento de um a dois por cento na câmara de bombeamento do coração possa não parecer muito, a exposição persistente a poluentes do ar pode, em teoria, levar a um aumento gradual ao longo do tempo e tornar mais difícil bombear o sangue, uma condição conhecida como insuficiência cardíaca.