CONTRACEPTIVO

Bayer deixa de comercializar contracetivo considerado perigoso

A Bayer vai descontinuar a comercialização do contracetivo Essure, dispositivo introduzido no organismo feminino, até ao final do ano. Em Portugal, França e Espanha, a venda foi suspensa há um ano e recomendado que o produto deixasse de ser utilizado.

Bayer deixa de comercializar contracetivo considerado perigoso

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Em Portugal, a venda está suspensa desde julho de 2017. Logo depois de, em Espanha, 30 mulheres terem avançado com uma queixa em tribunal por suspeita de "falta de controlo sanitário" em relação ao produto que as terá deixado inférteis.

Tal aconteceu depois de 30 mulheres espanholas terem avançado com uma queixa na justiça por suspeita de "falta de controlo sanitário" do produto depois de o usar.

De acordo com a comunicação social espanhola, que volta ao tema por o processo ainda não ter começado a ser julgado, as mulheres alegavam terem ficado inférteis, depois de o usarem.

As queixosas argumentavam não terem sido alertadas pela empresa para as contraindicações do contracetivo, as quais lhe terão provocado "graves lesões".

Segundo o El País, "as doentes nunca foram informadas adequadamente sobre as possíveis complicações relacionadas com o produto, que poderiam afetar a sua saúde". No texto apresentado à justiça, as mulheres sustentavam que tal "omissão terá sido intencional".

Um ano depois deste caso, a Bayer decide descontinuar a comercialização em todo o mundo, mas logo em setembro do ano passado tinha "decidido cancelar o pedido de renovação do certificado" de venda do produto, confirmou ao Diário de Notícias a autoridade do medicamento em Portugal, Infarmed.

A mesma entidade informa ainda que a empresa sustentou a descontinuação do contracetivo com o "declínio das vendas" nos Estados Unidos nos últimos tempos.

Em Portugal, o produto começou a ser comercializado em 2002 e ao longo deste tempo foram distribuídos cerca de seis mil dispositivos. Até agora, o Infarmed "não recebeu qualquer notificação de profissionais de saúde ou de doentes sobre efeitos nocivos".

No entanto, e tendo em conta que em Portugal ainda existem mulheres a usar o Essure, o dispositivo "continuará a ser monitorizado".


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