Zinco pode travar crescimento de células cancerígenas
O zinco é o segundo mineral mais presente no corpo humano, ficando apenas atrás do ferro. É essencial na produção e funcionamento de mais de 300 enzimas e hormonas.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
ARRITMIA CARDÍACA
As arritmias são alterações no ritmo ou na frequência cardíaca, podendo esta acelerar-se, ser mais lenta ou tornar-se irregular. LER MAIS
Um estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, descobriu que o zinco é essencial na prevenção do cancro, sobretudo do cancro do esófago.
Estudos anteriores já tinham descoberto a importância do zinco e o seu efeito protetor para o esófago; no entanto, os cientistas nunca conseguiram explicar os mecanismos responsáveis por esse efeito.
Agora, o novo estudo da Universidade do Texas revelou como o zinco atua sobre as células cancerígenas do esófago.
O zinco parece impedir a sinalização de cálcio hiperativo nas células cancerígenas, travando, desta forma, o desenvolvimento do tumor de forma seletiva.
O estudo foi publicado na revista Federation of American Societies for Experimental Biology.
O cancro do esófago é o sexto tipo de cancro mais mortal do mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos. A taxa média de sobrevivência após cinco anos está abaixo de 20 por cento.
A deficiência de zinco foi já observada em vários pacientes oncológicos. Este mineral é muito importante para a saúde humana a vários níveis.
Por exemplo, a ausência de zinco pode prejudicar drasticamente o funcionamento das células, impedindo o desenvolvimento adequado de numerosas enzimas e proteínas. O zinco também é um poderoso antioxidante que elimina os radicais livres que danificam as células.
Além disso, uma deficiência de zinco pode favorecer o desenvolvimento de vários tipos de cancro , bem como outras doenças. Também pode causar problemas de memória e cognição.
O zinco é um também um elemento essencial à saúde do sistema imunológico, à produção e funcionamento das células T, que são fundamentais no processo de cicatrização de feridas, além de combater agentes patológicos como bactérias e várias doenças. Desempenha ainda um papel importante no bom funcionamento do timo – uma glândula essencial do sistema imunológico.
A deficiência de zinco está também associada à anemia, crescimento tumoral, desenvolvimento infantil prejudicado, maior incidência de pneumonia e diarreia em bebés, bem como maiores taxas de mortalidade infantil. Uma quantidade insuficiente de zinco no organismo pode ainda prejudicar o olfato e paladar.
Espinafre, ostras, camarão, semente de linhaça, sementes de abóbora e carne bovina são exemplos de alguns alimentos ricos em zinco.
Os suplementos de zinco também podem assegurar a ingestão adequada deste nutriente, contudo, deve ser sempre indicado e o seu uso avaliado por profissionais de saúde.
A ingestão, através de suplementos, de 15 mg de zinco diariamente foi associada a um melhorar funcionamento das células T e a um aumento da capacidade do corpo de combater a infeções, segundo um estudo da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Para saber se está a ingerir a quantidade indicada de zinco, o ideal é consultar um profissional de saúde.