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Introdução de alimentos sólidos mais cedo a bebés traz benefícios

Um estudo do Kings College de Londres e da Universidade de Londres, ambos no Reino Unido, descobriu que os bebés que eram introduzidos mais cedo nos alimentos sólidos dormiam mais, despertavam menos à noite e sofriam de menos problemas sérios de sono do que os que mamavam exclusivamente nos primeiros seis meses de vida. A pesquisa foi publicada no JAMA Pediatrics.

Introdução de alimentos sólidos mais cedo a bebés traz benefícios

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O conselho atual é que as mães devem tentar amamentar exclusivamente até os seis meses de idade. No entanto, 75 por cento das mães britânicas introduzem os alimentos sólidos antes dos cinco meses, com um quarto das mulheres a citar o despertar noturno infantil como um fator influenciador.

O ensaio clínico envolveu 1 303 crianças de três meses, exclusivamente amamentadas na Inglaterra e no País de Gales, que foram divididas em dois grupos.

Um grupo seguiu o conselho padrão de alimentação infantil e foi incentivado a amamentar exclusivamente por cerca de seis meses. O segundo grupo, embora continuasse a amamentar, foi solicitado a introduzir alimentos sólidos na dieta dos bebés a partir dos três meses de idade.

Os pais preencheram questionários todos os meses até o bebé completar 12 meses e, depois, a cada três meses, até os três anos de idade. Os questionários registaram a frequência do consumo de alimentos e incluíram questões sobre frequência e duração da amamentação, bem como questões sobre a duração do sono.

A qualidade de vida materna também foi avaliada utilizando medidas da Organização Mundial de Saúde de saúde física e psicológica, relações sociais e meio ambiente.

Dos 1 303 bebés que participaram no estudo, 94 por cento completaram o questionário de três anos. O estudo constatou que as crianças do grupo que tinham sido introduzidas numa dieta com sólidos precocemente dormiram mais e acordaram com menos frequência do que as crianças que seguiram o conselho padrão de serem amamentadas exclusivamente até os seis meses de idade.

As diferenças entre os dois grupos atingiram o pico aos seis meses, com o grupo de introdução precoce a dormir por um quarto de hora a mais por noite (quase duas horas a mais por semana); relativamente à frequência do despertar noturno, esse diminuiu duas vezes por noite para 1,74.
Os dados sobre o bem-estar materno mostraram que os problemas de sono, que estavam significativamente associados à qualidade de vida materna, foram relatados com menos frequência no grupo que introduziu comida sólida antes dos seis meses.


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