ALZHEIMER

Descobertos nutrientes que retardam doença de Alzheimer

Especialistas do Centro de Pesquisa Nutricional da Irlanda e da Universidade de Waterford revelaram que uma combinação única de nutrientes pode retardar a progressão da doença de Alzheimer.

Descobertos nutrientes que retardam doença de Alzheimer

DOENÇAS E TRATAMENTOS

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O estudo de 18 meses, publicado no Journal of Alzheimers Disease, examinou o efeito de compostos nutricionais encontrados em alimentos comuns, como truta, brócolos e pimentas em pessoas com a doença e revelou uma descoberta "estatisticamente significativa".

Os cientistas analisaram a resposta bioquímica de pacientes com Alzheimer a duas combinações diferentes de suplementos nutricionais. A primeira fórmula continha os carotenoides maculares luteína, mesozeaxantina e zeaxantina, e a segunda combinava esses carotenoides maculares com um óleo de peixe.

O estudo verificou que os pacientes com a doença de Alzheimer que receberam o suplemento que continha óleo de peixe e carotenoides maculares mantiveram as habilidades cognitivas e qualidade de vida por muito mais tempo, face àqueles que ingeriram apenas suplementos com carotenoides maculares.

Com base nos relatórios dos cuidadores, os participantes da pesquisa foram esmagadoramente identificados como tendo resultados positivos, incluindo benefícios funcionais em memória, visão e humor.

"Isto representa um dos mais importantes avanços médicos do século. A doença de Alzheimer é a maior crise de saúde pública que o Reino Unido já enfrentou e as empresas farmacêuticas até agora falharam todas as metas para encontrar a cura para a doença. Este estudo dá-nos essa descoberta, na forma de um composto natural único de nutrientes", disseram os cientistas.

"O nosso trabalho anterior confirmou que os carotenoides são encontrados no olho e que o enriquecimento desses nutrientes essenciais com suplementos nutricionais pode melhorar a função visual. No entanto, a sua alta concentração no cérebro humano saudável também sugere um papel para esses nutrientes na cognição", explicaram os autores.

"Sabemos, a partir de vários grandes estudos populacionais, que a nutrição é um fator-chave no desenvolvimento da doença de Alzheimer, mas as tentativas de identificar uma combinação exata de nutrientes que podem impactar positivamente na saúde do cérebro falharam, até agora", afirmaram os autores.

"Este trabalho identifica uma maneira única de melhorar os nutrientes localizados no cérebro. Dado o crescimento e envelhecimento da população e, mais importante, vivermos num momento em que o valor nutricional dos alimentos continua a declinar, acredito que esta é uma descoberta valiosa que desafiará perceções em todo o mundo sobre o papel da nutrição na função cerebral", acrescentaram.

"A próxima questão crucial é saber como as pessoas com Alzheimer, ou em risco de desenvolver a doença, podem obter o suficiente desses nutrientes de uma dieta saudável e balanceada para proteger o cérebro. A resposta é que eles não conseguem, devido à quantidade necessária para efetuar essa mudança e ao declínio no valor nutricional dos alimentos antes mesmo de chegar ao nosso prato. Um suplemento, que sabemos ser seguro, barato e eficaz, pode ser uma mudança de vida para os milhões afetados por esta doença", lê-se no artigo.

Fonte: Irish Central

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