FARMACÊUTICA

Empresas farmacêuticas vendem cada vez mais "estilos de vida"

Os anúncios a medicamentos estão a ficar cada vez mais longos, ao mesmo tempo que fornecem menos informações factuais: esta é a conclusão de um estudo publicado na revista Annals of Family Medicine.

Empresas farmacêuticas vendem cada vez mais

MEDICINA E MEDICAMENTOS

A LUTA CONTRA A RESISTÊNCIA BACTERIANA

O estudo mostra que a maioria desses anúncios concentra-se nas melhorias do estilo de vida após a medicação, em vez dos efeitos secundários associados a certos problemas de saúde.

A equipa de investigação da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, comparou os anúncios a medicamentos de 2016 aos resultados de um estudo relacionado realizado em 2004 e descobriu que 56,9 por cento dos anúncios retrataram atores a recuperar o controlo e a aprovação social, além de melhorias na resistência física, em comparação com 39,5 por cento na pesquisa anterior.

"A publicidade direta ao consumidor continua a promover medicamentos prescritos acima da educação da população. Esta promoção expansiva dos benefícios dos fármacos pode incentivar uma população a procurar um medicamento que nem deve utilizar", disseram os investigadores.

Se, por um lado, as publicidades se tornaram cerca de 30 por cento mais longas, por outro, contêm significativamente menos informações sobre a condição médica em si, concluiu o estudo.

A percentagem de anúncios que explicam os fatores de risco associados caiu de 26 para 16 por cento e a prevalência da condição passou de 25 para 16 por cento.

Poucos anúncios enfatizaram a importância de combinar a medicação com dieta e exercício melhorados.

Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de monitorizarem o horário nobre de canais de televisão norte-americanos durante 13 semanas.

Fonte: Eurekalert

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