Dieta pobre em hidratos de carbono promissora contra diabetes tipo 1
Dietas com muito poucos hidratos de carbono podem melhorar o controlo do açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo 1, com baixas taxas de hipoglicemia e outras complicações, de acordo com uma pesquisa liderada pelo Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos.
A ansiedade e o stress tomam, diariamente, conta de cada um de nós. É, por isso, natural que procuremos cada vez mais formas de lidar com estas situações, como a meditação.
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Publicado na revista Pediatrics, o estudo utilizou pacientes do TypeOneGrit, uma comunidade online de pessoas com diabetes tipo 1 comprometida com uma dieta muito baixa em hidratos de carbono.
Das 493 pessoas que participaram da pesquisa, 316 forneceram informações suficientes para serem incluídas na análise.
Para 138 desses participantes, os investigadores foram capazes de confirmar o diagnóstico de diabetes, medidas de controlo de açúcar no sangue, medidas de saúde metabólica e outros resultados com os prestadores de cuidados de saúde ou através da revisão de registos médicos. Ao todo, 42 por cento dos participantes eram crianças.
Os participantes relataram uma ingestão diária média de hidratos de carbono de 36 gramas, ou cerca de cinco por cento do total de calorias. Os valores de hemoglobina A1c auto referidos, a medida primária do controlo de açúcar no sangue, alcançaram a média normal, com 5,67 por cento (a meta é abaixo de sete por cento e os níveis predominantes são em média 8,2 por cento).
Os participantes necessitaram de doses abaixo da média de insulina e aqueles para os quais existiam dados disponíveis tinham medidas favoráveis de sensibilidade à insulina e saúde cardio-metabólica, como baixos níveis de triglicerídeos e elevados níveis de colesterol HDL.
Mais de 80 por cento dos entrevistados estavam satisfeitos, ou muito satisfeitos, com o controlo da diabetes. No entanto, cerca de um quarto disse não ter discutido a dieta com os provedores do tratamento de diabetes.
Os autores do estudo observaram que a restrição severa de hidratos de carbono é, na verdade, uma abordagem muito antiga para combater a diabetes tipo 1. Antes da descoberta da insulina, ela prolongava a vida das crianças, às vezes por anos. Uma vez que a insulina foi introduzida, a restrição de hidratos de carbono ficou fora de prática.
Dado que este estudo foi de natureza observacional e não controlada, os investigadores pretendem realizar ensaios clínicos para testar a segurança e a eficácia da dieta.
