Exame ELISA portátil faz análises ao sangue e urina no consultório
Uma equipa de investigadores internacionais desenvolveu uma versão portátil do exame denominado por ELISA, da sigla em inglês para Enzyme Linked Immunosorbent Assay - ensaio de imunoabsorção enzimática -, a técnica padrão-ouro usada para detetar a presença de um anticorpo ou antígeno no organismo.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
PACEMAKER, MARCANDO O RITMO
Associada ao uso de pacemaker, circula muita informação deturpada. Tal como a própria cirurgia está repleta de mitos, também a utilização do aparelho não escapa à proliferação de ideias erradas. LER MAIS
A nova versão portátil, que funciona com base no uso de um telemóvel, foi batizada de MELISA, explicou Anna Pyayt e a sua equipa da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, responsável pelo desenvolvimento do dispositivo.
A nova tecnologia permite que o doente faça os exames no consultório médico, na clínica ou até mesmo numa área remota.
"O ELISA é uma tecnologia importante para a análise bioquímica de proteínas e hormonas e é fundamental para o diagnóstico de muitas doenças, como o HIV e a doença de Lyme", disse Anna Pyayt.
"O MELISA permite que os pacientes façam os testes e obtenham logo o resultado", destacou a cientista.
O protótipo do aparelho mediu com precisão os níveis de progesterona, uma hormona chave que afeta a fertilidade feminina e é um marcador para alguns tipos de cancro.
O MELISA pesa apenas um quilograma e consiste num aquecedor de água que incuba as amostras até uma temperatura predefinida, analisando-as através de imagens captadas pelo telemóvel.
Uma aplicação de telemóvel faz depois uma análise de cores para determinar os componentes de cor RGB (vermelho, verde e azul) de cada amostra. O componente de cor azul é usado para análise posterior devido à sua sensibilidade a mudanças na concentração de progesterona.
Os cientistas estão agora a calibrar o teste MELISA para uma variedade de exames, incluindo para a testosterona e tencionam fazer um pedido de aprovação à agência que regula os medicamentos e produtos de saúde nos Estados Unidos (FDA) para que médicos e clínicas possam começar a usar o dispositivo.