Dieta mediterrânica associada a envelhecimento saudável
Uma análise de seis artigos publicados no The Journals of Gerontology encontrou novas correlações entre a dieta mediterrânica e envelhecimento saudável, ao mesmo tempo que ressaltou a necessidade de abordagens cuidadosas para o uso de dados, a fim de medir os benefícios potenciais da dieta.
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Entre as descobertas, os novos artigos relataram mecanismos subjacentes da dieta; a relação positiva entre a dieta e a função física e cognitiva; a importância dos suplementos da coenzima Q10 e o papel da dieta na redução da inflamação. Mas em vários dos estudos, o nível de benefício foi dependente de como a adesão à dieta foi medida.
"Uma maior clareza sobre como essa dieta é definida, tanto nas intervenções quanto nos estudos observacionais, será fundamental no objetivo de alcançar um consenso sobre como otimizar o padrão dietético para maximizar o envelhecimento saudável", afirmaram os autores.
Há várias escalas usadas para medir a adesão à dieta. Um dos estudos da revista descobriu que, entre os sujeitos testados, números mais elevados no Índice de Adesão à Dieta Mediterrânica estavam associados a maiores probabilidades de atender a certos critérios de envelhecimento saudável.
Resultados semelhantes foram encontrados com outro índice, o Mediterranean Diet Score; no entanto, o uso desta escala gerou uma correlação mais fraca. Num outro estudo, a adesão à dieta foi associada a uma menor probabilidade de comprometimento da função física em adultos mais velhos.
O mecanismo exato pelo qual uma maior adesão à dieta mediterrânica exerce efeitos favoráveis ainda é desconhecido para os cientistas. No entanto, investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estão a recolher e a analisar cinco adaptações importantes induzidas pelo padrão dietético do Mediterrâneo, que incluem redução lipídica, proteção contra o stress oxidativo e inflamação, modificação de fatores de crescimento que podem promover o cancro, entre outros.