Portugal em segundo lugar dos países com mais órgãos de dadores
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) revelou que, em 2017, Portugal atingiu o segundo lugar na lista mundial de países com mais órgãos de dadores falecidos.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
DIA MUNDIAL DO DOENTE DE ALZHEIMER
Estima-se que, actualmente, existam 20 milhões de pessoas, em todo o mundo, a sofrer de Alzheimer. A cada ano que passa, 4,6 milhões de pessoas são atingidas. LER MAIS
O presidente do IPST, João Paulo Almeida e Sousa, afirmou que esta subida à segunda posição é "uma excelente notícia".
"Mais do que a nossa posição no ranking, significa que houve mais oportunidade de doação e portugueses que precisaram de mais um órgão para viver, e para viver com qualidade, e que tiveram acesso a esse órgão", sublinhou.
O responsável falava aos jornalistas à margem de um simpósio internacional sobre transplantação e doação de órgãos, realizado em Lisboa.
Portugal atingiu o segundo lugar num universo de 50 países, entre os quais estão representados "todos os países ocidentais". Em 2016, o país ocupava a terceira posição e, em 2015, o quarto lugar.
Segundo o relatório da Coordenação Nacional da Transplantação sobre a atividade de doação e transplantação de órgãos entre 2012 e 2017, no ano passado foram colhidos 1 011 órgãos e realizados 895 transplantes.
No que se refere aos transplantes realizados em 2017, assinalou-se um aumento de 3,5 por cento em relação ao ano anterior (864). Também os dadores aumentaram, atingindo os 351 em 2017, mais 14 do que no ano anterior.
A maioria dos dadores estava em morte cerebral (330), 79 eram dadores vivos, 21 encontravam-se em paragem cardiocirculatória e dez eram dadores sequenciais.
A principal causa de morte dos dadores foi clínica (80 por cento), seguindo-se a traumática (20 por cento). O maior número de dadores é oriundo do sul (137), seguido do norte (110) e do centro (104).
Em relação aos órgãos, o aumento foi de oito por cento em relação ao ano anterior, registando-se a colheita de 1 011 em 2017. A idade média do dador foi de 53,8 anos (55,1 anos em 2016).