CARDIOLOGIA

Variações bruscas de temperatura aumentam risco de ataque cardíaco

Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revela que a ocorrência de variações bruscas de temperatura, de um dia para o outro, pode aumentar, de forma significativa, o risco de ataques cardíacos.

Variações bruscas de temperatura aumentam risco de ataque cardíaco

DIETA E NUTRIÇÃO

MAGNÉSIO - O mineral chave da saúde e longevidade!

Atualmente, já existem muitas evidências de que a temperatura externa afeta a taxa de ocorrência de ataques cardíacos, com o clima frio a trazer maior risco, mas a maioria dos estudos centra-se na temperatura média do dia. Contudo, mudanças repentinas de temperatura parecem ter igualmente um efeito significativo.

"Embora o corpo tenha sistemas eficazes para responder a mudanças de temperatura, pode ser que flutuações mais rápidas e extremas criem mais stress sobre esses sistemas, o que poderia contribuir para problemas de saúde", explicou Hedvig Andersson, da Universidade de Michigan, sublinhando que o mecanismo subjacente a esta associação permanece desconhecido.

O risco de um ataque cardíaco aumenta cerca de cinco por cento por cada aumento de cinco graus na temperatura em graus Celsius, mas o efeito é mais pronunciado nos dias com uma temperatura média mais alta, mostrou a pesquisa.

Isto significa que, um súbito aumento de temperatura parece ter um impacto maior nos dias mais quentes, disseram os autores, acrescentando que a associação padrão era feita até agora tendo em conta dias mais frios.

Variações de mais de 25 graus Celsius foram associados a um maior aumento nas taxas de ataque cardíaco do que oscilações entre dez e 25 graus. Na extremidade do espetro, num dia quente de verão com uma flutuação de temperatura de 35 a 40 graus Celsius - extremamente rara - ocorreu quase o dobro de ataques cardíacos do que em dias sem flutuação.

"Acredita-se que o aquecimento global cause eventos climáticos extremos, o que pode, por sua vez, resultar em grandes flutuações diárias na temperatura", sublinhou Andersson.

"O nosso estudo sugere que essas flutuações na temperatura exterior podem levar a um aumento do número de ataques cardíacos e afetar a saúde cardíaca global no futuro", alertou.

Já Hitinder Gurm, coordenador da equipa, frisa que a associação não prova necessariamente que as mudanças súbitas da temperatura são a causa do aumento dos ataques cardíacos; outros fatores podem ter contribuído para os resultados.

Continua, por isso, a ser importante concentrar-se em fatores de risco cardiovasculares modificáveis, como tabagismo, hipertensão arterial e colesterol alto.


OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS