O estudo, intitulado "Hábitos de pequeno almoço e diferenças na relação com a obesidade abdominal", mostra que oito em cada dez adultos espanhóis toma sempre o pequeno almoço, dois por cento nunca o faz e 1,6 por cento toma apenas café ou chá. Verificou-se também que, entre os que tomam o pequeno almoço, muitos ingerem alimentos com poucos nutrientes benéficos para a saúde.

A pesquisa mostrou que, para quem não toma o pequeno almoço, o risco de obesidade é 1,5 por cento maior.

Saltar o pequeno almoço é também uma realidade comum, principalmente nos jovens entre os 18 e os 29 anos, sendo o caso mais frequente nos homens.

O pequeno almoço contribui em muito para a energia de cada indivíduo, representando 16,7 por cento do consumo diário, destaca Rosa María Ortega, diretora do grupo de investigação responsável pelo estudo.

Um pequeno almoço rico em proteína, que assegure saciedade e evite que se coma demasiado nas restantes refeições, é um meio de prevenir uma má alimentação ao longo do dia, que se baseia num consumo exagerado de calorias.

Saltar o pequeno almoço também obriga o corpo a ir buscar energia à gordura acumulada, já que não houve ingestão de alimentos que permita ao organismo criar glucose com base no que se come. Tal pode parecer positivo, uma forma de diminuir a gordura corporal como muitos defendem, contudo, quando tal acontece, ao almoçar, o corpo já não carece dos nutrientes que ingere, embora sinta fome.

Não tomar o pequeno almoço pode provocar, além de obesidade, problemas nas artérias e comer a primeira refeição do dia ajuda a prevenir a diabetes de tipo 2, afirmaram ainda os especialistas.