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Suplementos de cálcio e vitamina D podem aumentar risco de pólipos

A análise aos dados de um grande estudo encontrou provas de que o uso de suplementos de cálcio, com e sem vitamina D, pode aumentar o risco de desenvolver certos tipos de pólipos ou crescimentos pré-cancerígenos no cólon ou reto até dez anos após o início da adoção de suplementos.

Suplementos de cálcio e vitamina D podem aumentar risco de pólipos

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Os investigadores, que relataram as suas descobertas na revista Gut, recomendam que sejam feitos estudos adicionais para validar os seus resultados que, a serem confirmados, terão "implicações importantes" para a triagem e prevenção do cancro colorretal.

O novo estudo, liderado por especialistas de vários centros de pesquisa dos Estados Unidos, focou-se num tipo de pólipos conhecidos como pólipos serrilhados. Embora o rastreio colonoscópico regular com remoção de pólipos suspeitos seja a maneira ideal de reduzir as taxas de cancro colorretal do ponto de vista clínico, a implementação em toda a população é limitada.

A análise utilizou os dados de um estudo de químio-prevenção recentemente concluído sobre cálcio e vitamina D em 2 259 pacientes com idades entre os 45 e os 75 anos.

Os participantes já tinham tido pelo menos um pólipo adenomatoso colorretal removido durante um rastreio, e foram divididos em quatro grupos: o primeiro recebeu suplementos diários de cálcio, o segundo recebeu suplementos diários de vitamina D, o terceiro recebeu ambos os suplementos e o quarto grupo não recebeu suplementos.

Todos os grupos permaneceram na fase de tratamento até à próxima colonoscopia de rastreio, que seria feita daí a três ou cinco anos. Após a segunda colonoscopia, seguiu-se a fase de observação, durante a qual não ocorreu a toma de suplementos. Esta fase terminou com uma terceira colonoscopia de rastreio, que ocorreu seis a dez anos após o início da toma de suplementos.

Os resultados da terceira colonoscopia revelaram uma maior incidência de pólipos serrilhados em pacientes que tomaram cálcio, sozinho ou com vitamina D.

Os autores do estudo observaram que, embora os dados usados sejam provenientes de um grande estudo randomizado, os resultados surgem de uma análise secundária, e alguns podem ter ocorrido por acaso. Assim, concluem que sejam recomendados "mais estudos para confirmar esses resultados, que podem ter implicações importantes para o rastreio e prevenção do cancro colorretal".


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