Os suplementos de cálcio e vitamina D, que geralmente são consumidos em comprimidos, são amplamente utilizados e geralmente vistos como relativamente seguros.

Um estudo publicado no Journal of Bone and Mineral Research analisou mais de 500 mil homens e mulheres, com idades entre os 40 e os 69 anos, para explorar as relações entre o consumo de suplementos de cálcio e/ou vitamina D e o risco de eventos cardiovasculares.

A análise respondeu por uma ampla gama de outras influências potenciais e não detetou associações estatisticamente significativas entre o uso de suplementos e eventos como ataques cardíacos, internamento hospitalar por angina de peito ou mortes relacionadas.

"Os suplementos de cálcio e vitamina D são amplamente utilizados na população e são particularmente adequados para indivíduos com risco de deficiência em qualquer nutriente.

Nesta situação, há uma boa evidência de que eles oferecem uma redução moderada no risco de fratura, embora não substituam medicamentos especificamente licenciados para o tratamento da osteoporose", disseram os investigadores.

"Embora as nossas descobertas atuais nunca possam ser absolutamente definitivas em comparação com as de um ensaio clínico controlado abrangente, é improvável que seja possível realizar esse tipo de teste na prática e os nossos resultados fornecem resultados tranquilizadores em relação a eventos cardiovasculares, pelo menos dentro da faixa etária estudada", acrescentam os especialistas.

Contudo, reforçam, serão necessários estudos adicionais à medida que essa população envelheça, para examinar se a falta de associação persiste em pessoas com idades mais avançadas.