A OMS adverte que "o mundo não está no bom caminho para atingir o objetivo" de reduzir em um terço, no período 2015-2030, a taxa de mortalidade prematura devido a doenças não transmissíveis.

O alerta é lançado no seu primeiro relatório de avaliação após o estabelecimento desses objetivos.

Enquanto alguns países não adotaram quaisquer medidas para combater as doenças não transmissíveis, entre os quais Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, outros avançaram de forma significativa, como é o caso da Costa Rica e do Irão, que concretizaram 15 dos 19 objetivos.
"Houve alguns progressos [desde a última avaliação, há dois anos], mas foram reduzidos", disse o médico Douglas Bettcher, diretor do Departamento de Prevenção das Doenças Não Transmissíveis da OMS.

As doenças não transmissíveis matam anualmente mais de 40 milhões de pessoas, 15 milhões das quais com idades entre os 30 e os 70 anos.

Para avaliar a eficácia da luta contra estas doenças em cada país, a OMS definiu 19 objetivos ou indicadores, entre os quais o aumento do preço do tabaco, a adoção de políticas nacionais para reduzir o consumo de sal e a promoção do aleitamento materno.

As doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior número de mortes devidas às doenças não transmissíveis, 17,7 milhões por ano, seguidas do cancro (8,8 milhões), das doenças respiratórias (3,9 milhões) e da diabetes (1,6 milhões).