GENÉTICA

Descoberta assinatura genética que facilita diagnóstico e prognóstico de tumor cerebral agressivo

Uma equipa da Universidade Estadual Paulista, no Brasil, descobriu um conjunto de alterações genéticas associado à agressividade dos astrocitomas, que representam 70 por cento dos tumores cerebrais cancerígenos.

Descoberta assinatura genética que facilita diagnóstico e prognóstico de tumor cerebral agressivo

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Essa assinatura genética poderá assumir-se como um biomarcador de prognóstico da doença. Os genes identificados poderão ainda ser candidatos a alvos terapêuticos de novos medicamentos a serem desenvolvidos.

"Descobrimos que é muito forte a correlação entre as alterações na expressão dos genes de reparação das células de astrocitoma e o diagnóstico de sobrevida dos pacientes", destacou a cientista Valéria Valente.

Durante a pesquisa, foram analisadas células de astrocitomas retiradas de 55 pacientes atendidos no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com o objetivo de identificar assinaturas de expressão génica associadas ao tempo de sobrevida dos pacientes.

No total, foram encontrados 19 genes com a sua expressão significativamente alterada neste tipo de tumor. Alguns destes genes registaram um aumento na sua expressão de até 100 vezes mais no tecido tumoral, quando comparado com o tecido saudável.

Depois de terem sido detetadas as assinaturas genéticas existentes nas amostras, os pacientes foram divididos em dois grupos: os que tinham a assinatura genética e os que não tinham.

Depois de verificar o tempo médio de sobrevida em cada grupo, foi possível caracterizar as assinaturas genéticas relacionadas ao pior prognóstico dos pacientes.

Definiu-se, desta forma, uma metodologia capaz de predizer a agressividade da doença com base na presença de cada uma das assinaturas génicas.

"Desenvolvemos uma estratégia para correlacionar as assinaturas génicas com o comportamento tumoral, o que pode possibilitar a predição do prognóstico dos pacientes e impulsionar o desenvolvimento de novas terapias", concluiu Valéria Valente.


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