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Cientistas elaboram diretrizes para tratamento dos efeitos secundários da terapia de células CAR T

As terapias baseadas em células imunológicas, que abriram uma nova fronteira para o tratamento do cancro, causam efeitos secundários únicos e potencialmente letais que proporcionam um novo desafio para os oncologistas.

Cientistas elaboram diretrizes para tratamento dos efeitos secundários da terapia de células CAR T

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Para colmatar este pormenor, uma equipa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, propôs novas diretrizes para mudar a forma como se pode minimizar esses efeitos.

O trabalho, publicado na Nature Reviews Clinical Oncology, confronta os dois principais efeitos secundários da terapia das células T do recetor de antígeno quimérico, conhecidas como células CAR T, células brancas de sangue geneticamente modificadas para atacar células com um alvo específico na superfície.

A revisão abrange uma ampla pesquisa sobre terapias CAR T por muitas instituições e inclui conhecimentos baseados em mais de 100 pacientes tratados pelos investigadores.

Tendo em conta a importância da terapia, os cientistas acreditam que é necessário um acompanhamento a longo prazo dos pacientes tratados, pois as toxicidades são únicas, e cada membro da equipa de cuidados precisa de ser treinado para os reconhecer e agir de acordo.

Durante os ensaios clínicos, surgiram dois efeitos secundários que não são comuns no tratamento contra o cancro: a síndrome de libertação de citoquinas (SIR), e uma toxicidade neurológica, intitulada síndrome de encefalopatia relacionada às células CAR-T (CRES); tanto o SIR como o CRES são tratáveis, mas a identificação precoce é importante para a rapidez da melhoria.

Esta revisão fornece recomendações específicas para a preparação do pré-tratamento, monitorização de pacientes durante e após a infusão de CAR-T, identificando e encenando SIR e CRES emergentes.

Os investigadores também desenvolveram um método simples e rápido para promover o desenvolvimento da neurotoxicidade: um teste de dez pontos que pede a um paciente para nomear o ano, mês, cidade, hospital e presidente/primeiro-ministro do seu país de origem (5 pontos), para nomear três objetos próximos (3 pontos), escrever uma frase padrão e contar para trás de 100 por dezenas. Uma pontuação perfeita define a função cognitiva normal.

Para um paciente tratado a um linfoma de células B, a deterioração da caligrafia foi o primeiro sinal de comprometimento neurológico, o que levou a uma rápida intervenção e reversão da toxicidade em poucas horas.


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