Contraceção de emergência deve estar disponível apenas nas farmácias
A Ordem dos Farmacêuticos quer voltar a ter apenas nas farmácias alguns medicamentos não sujeitos a receita médica que hoje se vendem noutras superfícies, entre os quais a contraceção de emergência. A medida visa evitar o uso abusivo.
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A bastonária dos farmacêuticos, Ana Paula Martins, explicou que a proposta da Ordem, que deverá ser entregue à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) até final do ano, surge "não tanto pelas características farmacológicas das substâncias (…), mas pela sua utilização".
Ana Paula Martins dá como exemplo a contraceção de emergência, afirmando que, "se uma jovem todas as semanas usar contraceção de emergência, pode tornar-se uma questão de saúde pública".
A especialista exemplifica ainda com o paracetamol, "um medicamento com uma das melhores relações benefício-risco que se conhece" e que no Reino Unido, há uns anos, "começou a ser usado para intoxicação voluntária".
Para a bastonária, a farmácia "garante uma disponibilização mais cuidada, mais avaliada e mais conscienciosa".
"Na farmácia existem técnicos, existem farmacêuticos e um diretor técnico, que está lá", afirmou.