Num artigo publicado na Scientific Reports, os investigadores descreveram de que forma este processo de exploração também pode funcionar em adultos mais velhos: no estudo, os braços de idosos (com mais de 70 anos) foram conectados a um sensor que mediu a rotação do braço no cotovelo.

Os participantes foram convidados a fazer movimentos rítmicos do antebraço num movimento de "limpa para-brisas", tentando manter certas velocidades e amplitudes do braço, com e sem feedback visual.

De acordo com os investigadores, no início, os movimentos eram muito lentos e muito pequenos, mas o desempenho na tarefa foi melhorando significativamente; os especialistas formularam a hipótese de que os participantes mais velhos não poderiam manter um aumento na velocidade e amplitude do movimento ao longo do tempo devido à fadiga, mas ficaram surpresos ao descobrir que fazer erros ajudou a melhorar o desempenho das tarefas futuras.

Os especialistas também verificaram que uma vez que um padrão de movimento melhorado foi estabelecido, a variabilidade caiu, ou seja, fazer movimentos exagerados ajudou os participantes a ajustar o controlo.

Assim, e apesar de não terem testado este método em sessões de fisioterapia, os investigadores acreditam que adultos mais velhos que façam movimentos mais pesados podem melhorar o seu desempenho em tarefas específicas que achem difíceis de conseguir ultrapassar ou atingir.