A pesquisa, financiada pelo Conselho de Investigação Médica e realizado pela Universidade de Manchester, no Reino Unido, foi publicada na Psychological Medicine.

Atualmente, o tratamento baseia-se na administração de fármacos antipsicóticos mas, segundo os investigadores, ao analisar os dados dos ensaios clínicos, pode-se sugerir que as vitamina B melhoram os sintomas em alguns pacientes, o que pode vir a ser um avanço importante para que surjam novos tratamentos.

Embora os pacientes geralmente experimentem remissão de sintomas como alucinações e delírios nos primeiros meses de tratamento, os resultados a longo prazo são diminutos, pois 80 por cento dos pacientes recaem num espaço de cinco anos.

Na primeira metanálise realizada sobre este tópico, os investigadores identificaram 18 ensaios clínicos com um total combinado de 832 doentes que recebiam tratamento antipsicótico para a esquizofrenia.

As intervenções de vitamina B que utilizaram doses mais elevadas ou combinaram várias vitaminas foram eficazes para reduzir sintomas psiquiátricos, enquanto aquelas que utilizaram doses mais baixas foram ineficazes.

Além disso, a evidência disponível também sugere que os suplementos de vitamina B podem ser mais benéficos quando implementados logo no início, sendo mais propensos a reduzir os sintomas quando utilizados em estudos com pacientes com períodos mais curtos de doença.

Apesar dos resultados, a equipa alerta para a necessidade de serem efetuados mais estudos, de forma a descobrir como é que os nutrientes atuam no cérebro.