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Cientistas da Universidade do Minho criam GPS para detetar local exato de pedras nos rins

Uma equipa de cientistas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), na Universidade do Minho, em Braga, desenvolveu um género de GPS que permite detetar a presença e o local exato de pedras nos rins em metade do tempo dos métodos habituais.

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Os investigadores acreditam que o novo método, que funciona com base em sensores, possa estar disponível no Hospital de Braga já no próximo ano.

Emanuel Carvalho Dias, um dos urologistas do ICVS responsáveis pelo novo método de identificação e remoção de pedras nos rins, explicou que, no método convencional, para se remover a pedra dos rins, é necessário usar uma agulha que atravessa a pele, assim como fazer radiografias.

Contudo, com o novo sistema, depois de aplicar uma anestesia, usam-se dois sensores: um eletromagnético, que funciona com ondas pulsadas de baixa frequência e que penetra no rim, e outro externo.

O primeiro sensor é colocado dentro do rim através de um ureterorrenoscópio flexível, um instrumento que penetra na uretra, na bexiga e segue até ao rim.

Por fim, este sensor interno emite um sinal vermelho, que é visível num ecrã assinalando assim o local onde deve ser feita a picada. Por fora, os médicos utilizam o segundo sensor, o externo, que está sempre a emitir um sinal verde. Quando os pontos dos dois sensores se intercetam, é feita a picada com a agulha.

O método é aplicado com a ajuda de um sistema de navegação e um ecrã onde surgem os pontos a três dimensões obtidos pelos sensores.

"É como se fosse o GPS da pedra nos rins", destacou Emanuel Dias, acrescentando que, depois de encontrada a pedra, é necessário destruí-la e, aqui, o método passa a ser o tradicional e já conhecido: o processo ultrassónico.

O novo método tem grandes vantagens, destacaram os investigadores: permite uma deteção mais precisa e rápida das pedras; uma remoção mais veloz, o que faz com que o paciente não fique exposto aos raios X e também se evitam muitas hemorragias associadas à cirurgia, possibilitando ainda que a cirurgia demore menos tempo do que o método convencional.

A nova técnica está em fase de avaliação pré-clínica, tendo sido já testada em cerca de 20 porcos.

O projeto, que tem sido apresentado em congressos internacionais, teve já um artigo publicado no The Journal of Urology, em 2013.

Fonte: Público

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