CANCRO

Identificada molécula que impede que células se tornem cancerígenas em casos de cancro colorretal

Investigadores do Hospital de Pesquisa Pediátrica St. Jude, nos Estados Unidos, identificaram o papel, previamente desconhecido, de uma molécula considerada até então misteriosa.

Identificada molécula que impede que células se tornem cancerígenas em casos de cancro colorretal

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A molécula, denominada NLRC3, faz parte de uma família de "proteínas de sensor" que são encontradas dentro de células, onde ajudam a controlar, entre outras, a função imunológica. No entanto, até agora, os cientistas não tinham percebido que a NLRC3 também podia proteger as células cancerígenas.

Nesta investigação, os especialistas observaram estudos anteriores que revelaram que o tecido tumoral de pacientes com cancro colorretal mostrava uma expressão reduzida do gene que codifica a NLRC3.

Os investigadores descobriram que a NLRC3 regula um processo celular chave, chamado de via PI3K-mTOR, que controla a proliferação celular, a resposta imune, a inflamação e o próprio cancro.

Para o estudo, a equipa utilizou ratos criados para desenvolver cancro colorretal, e descobriu que os tumores destes animais tinham níveis significativamente mais baixos de NLRC3; por outro lado, também observaram que os ratos sem NLRC3 eram muito mais propensos a desenvolver colites e cancro colorretal.

Além disso, as cobaias manipuladas para desenvolver pólipos do cólon também apresentavam um maior desenvolvimento tumoral quando faltava NLRC3.

Numa das variantes do estudo, a equipa descobriu que a NLRC3 desempenha um papel ativo principalmente nas células epiteliais do cólon, ajudando a prevenir a inflamação e desenvolvimento tumoral.

Outras investigações revelaram que a NLRC3 inibe as vias PI3K-mTOR. A equipa também descobriu que essas vias são ativadas precocemente durante a formação do tumor.

Para os investigadores, os resultados publicados na Nature mostram que a NLRC3 desempenha um papel importante na paragem anormal do crescimento celular; quando não está presente, os tumores desenvolvem-se.

Assim, esta descoberta pode levar à criação de novas terapêuticas mais eficazes do que as atuais.


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