Epilepsia despoleta sentimento de proteção no irmão saudável
Um estudo realizado pela RTI International, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos sediado na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, concluiu que irmãos e/ou irmãs de crianças que sofrem com epilepsia tendem a preocupar-se e desenvolvem um sentimento de proteção em relação a estas.
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Durante a pesquisa, foram avaliados 61 pais de crianças que sofriam com epilepsia, os quais foram questionados sobre o efeito da doença no irmão saudável, dando prioridade para diferenças de idade entre irmãos de, pelo menos, quatro anos.
Os resultados mostraram que 56 por cento dos pais afirmaram que o irmão saudável se preocupava mais com a criança com epilepsia e com a ocorrência de um eventual episódio de convulsão.
Cerca de metade dos pais disse ainda que o irmão/irmã se preocupa se a criança com epilepsia sentia dor ou sofria durante uma convulsão, enquanto 43 por cento disseram que o irmão sentia orgulho da criança com epilepsia.
Quase dois terços dos pais afirmaram que o irmão se sente protetor da criança que tem convulsões.
As expressões negativas tiveram pouca expressão. Apenas 15 por cento dos pais reportaram que o irmão/irmã se queixava de que a criança com epilepsia recebia mais atenção dos pais e oito por cento disseram que o irmão não dizia às pessoas que a outra criança tinha epilepsia, e, ainda, 11 por cento afirmaram que o irmão sentia raiva da situação.
Os dados apontam para a necessidade de envolver a criança saudável no tratamento do irmão com epilepsia, explicando como é a doença, como ocorre a convulsão e como eles podem ajudar o irmão no momento do episódio epilético, disse a investigadora Barbara Kroner.