ALZHEIMER

Doentes com biomarcadores associados ao Alzheimer podem ter supermemória

Um estudo da Universidade Northwester, nos Estados Unidos, revela que o cérebro de idosos que apresentam biomarcadores associadas à doença de Alzheimer pode, ainda assim, apresentar uma grande capacidade de memória e cognição.

Doentes com biomarcadores associados ao Alzheimer podem ter supermemória

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A pesquisa, realizada com base na avaliação post mortem do cérebro de oito idosos que registavam, em vida, uma supermemória, mostrou que é possível manter a memória saudável, mesmo quando o cérebro apresenta todas as características tipicamente atribuídas à doença de Alzheimer.

Os idosos que doaram os seus cérebros para o estudo tinham uma memória e cognição similar a uma pessoa com cerca de metade da sua idade, embora apresentassem marcas cerebrais associadas ao Alzheimer.

Todos os participantes tinham vivido mais de 90 anos e, apesar de terem marcadores da patologia, não a desenvolveram.

Os cientistas analisaram sobretudo duas regiões cerebrais - o hipocampo, que está envolvido na memória, e o córtex pré-frontal, que é fundamental para a cognição.

Os dados apurados mostraram que os cérebros dos idosos tinham placas de proteínas beta-amiloides e emaranhados de proteínas tau em graus variados, os quais têm sido associados à morte dos neurónios e frequentemente encontrados no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer.

Das oito amostras, duas tinham uma densidade e uma distribuição tão altas desses aglomerados de proteínas que se assemelhavam aos casos mais graves de Alzheimer.

Segundo os investigadores, estes resultados suportam evidências crescentes de que as placas de proteínas beta-amiloides e os emaranhados de proteínas tau podem não ser uma causa direta da doença de Alzheimer.

Os cientistas pretendem agora descobrir qual é o fator (ou os fatores) por detrás da proteção do cérebro daqueles idosos que apresentavam uma supermemória em vida, apesar de registarem sinais da doença.


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