ESQUIZOFRENIA

Células-tronco não se diferenciam adequadamente em neurónios de pacientes esquizofrénicos

Investigadores japoneses utilizaram células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) para identificar uma característica anormal em cérebros de pessoas que sofrem de esquizofrenia.

Células-tronco não se diferenciam adequadamente em neurónios de pacientes esquizofrénicos

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O estudo, desenvolvido pelo RIKEN Brain Science Institute, no Japão, partiu do pressuposto de que pequenas deleções de uma região no cromossoma 22 contribui para o risco de desenvolver a doença esquizofrénica e, utilizando uma tecnologia de células estaminais, produziu iPSCs de indivíduos sem esquizofrenia e de indivíduos com esquizofrenia que tiveram essa deleção; de seguida, compararam de que forma os neurónios se desenvolveram nestes dois grupos.

Os investigadores descobriram que as células derivadas dos pacientes se diferenciavam menos em neurónios e mais num maior número de astrócitos.
Com estes dados os investigadores analisaram a diferenciação dos neurónios e verificaram que as neurosferas dos iPSCs eram, em média, 30 por cento menores do que o normal.

O próximo passo da investigação focou-se no gene DGCR8, localizado na região do cromossoma 22; após confirmarem que a expressão do DGCR8 era menor nas neuroesferas derivadas de pacientes de controlo, os investigadores conseguiram confirmar que a deleção estava associada a uma maior expressão da proteína p38a.

A inibição da atividade da p38a através da inibição da proteína MAPK14 aumentou o número de neurónios que se desenvolveram a partir de neuroesferas derivadas dos doente e diminuiu o número de astrócitos.

Por último, foram examinados cérebros de pacientes esquizofrénicos mortos. Com esta observação, os investigadores descobriram que o córtex frontal desses cérebros contém mais marcadores para astrócitos e menos marcadores para neurónios do que os cérebros de pessoas sem esquizofrenia.

Este estudo, publicado na Translational Psychiatry, mostra assim, como a deleção de um gene específico leva à diferenciação anormal de neurónios e a um desequilíbrio entre o número de neurónios e astrócitos no cérebro.


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