EPILEPSIA

Terapia que promove estimulação da medula diminui crises em ratos com epilepsia

Uma nova abordagem terapêutica que utiliza elétrodos na medula espinal foi testada com sucesso em ratos e pode servir para tratar casos de epilepsia resistentes aos fármacos.

Terapia que promove estimulação da medula diminui crises em ratos com epilepsia

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

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O método testado por Miguel Pais Vieira do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, usa uma interface cérebro-máquina que "lê" a atividade cerebral a fim de reconhecer os sinais que antecedem um episódio epilético para enviar um sinal elétrico para a medula.

O procedimento, que visa travar a crise convulsiva, já foi testado com sucesso em doentes com Parkinson e agora foi testado em ratos com epilepsia, revelando-se eficaz na redução das crises.

O estudo liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis foi publicado este mês na revista Nature Scientific Reports.

Miguel Pais Vieira revela que a nova abordagem "passa por estimular a medula espinal e conseguiu uma diminuição de 44 por cento da frequência das crises epiléticas e de 38 por cento na duração dos episódios".

As experiências feitas com um grupo de dez ratos foram promissoras, dado que apenas um dos animais não reagiu ao tratamento, o que motiva os cientistas a aprofundar esta abordagem em humanos.

"A cirurgia é simples e a tecnologia já está desenvolvida", por isso, num próximo passo, a ideia passará por criar uma operação muito menos invasiva e mais segura do que a da estimulação cerebral profunda.

A investigação prossegue no laboratório de Miguel Nicolelis em áreas como dor, Parkinson, epilepsia e ainda em modelos animais com mania e doença bipolar.

Fonte: press release

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