CANCRO

Indicador de bom prognóstico do cancro revela efeito contrário

Uma molécula que durante os últimos 20 anos se acreditava que podia ser um indicador de bom prognóstico em tumores revelou um lado preocupante em novas pesquisas das universidades de Manchester, no Reino Unido, e Atenas, na Grécia, recentemente publicadas na revista Nature Cell Biology.

Indicador de bom prognóstico do cancro revela efeito contrário

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A molécula p21WAF1/Cip1 (ou p21) é frequentemente encontrada em associação com a p53, um conhecido supressor de tumor, que, tradicionalmente, tem dado aos médicos uma indicação de que existe um bom prognóstico para o tratamento do cancro - a presença de p21 indica que o supressor de tumor p53 irá conduzir a um tumor menos agressivo.

Agora, o novo estudo apresentou evidências contrárias e demonstra que nos tumores onde a molécula p53 é deficiente, a p21 aumenta drasticamente a sua capacidade de crescerem e propagarem por todo o corpo.

As conclusões são o resultado de cinco anos de estudos sobre a p21. Em tumores com anomalias na p53, o aumento da p21 foi, na verdade, relacionado a tumores mais agressivos, sugerindo que a molécula atuava de forma diferente sobre os tumores.

Na realidade, a p21 funciona através da desregulamentação da maquinaria de replicação do ADN, desencadeando o que se chama de stress de replicação, provocando uma instabilidade genómica, uma característica chave do cancro.


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