ALZHEIMER

Proteína tau é melhor indicador de declínio cognitivo no Alzheimer que beta-amiloide

Um pesquisa liderada por médicos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostrou que os níveis da proteína tau no organismo são melhores indicadores do declínio cognitivo associado ao Alzheimer do que os níveis das proteínas beta-amiloides, quando ambas são medidas através de exames PET.

Proteína tau é melhor indicador de declínio cognitivo no Alzheimer que beta-amiloide

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Os cientistas verificaram que um novo agente de contraste de imagem, capaz de se ligar à proteína tau associada à doença de Alzheimer, torna-a visível na tomografia de emissão de positrões (PET) e revela o seu papel-chave na degradação das capacidades cognitivas dos doentes que sofrem com a patologia.

Os pesquisadores compararam as imagens do cérebro de pessoas cognitivamente saudáveis com as imagens do cérebro de pacientes com doença de Alzheimer leve e concluíram que as medidas dos níveis de proteína tau preveem melhor os sintomas de demência do que as medidas de beta-amiloide.

"Nos primeiros estadios da doença de Alzheimer, mesmo com a acumulação de beta-amiloides, muitos pacientes permanecem cognitivamente normais, ou seja, os seus processos de memória e pensamento ainda estão intactos. O que nós suspeitamos é que a beta-amiloide muda primeiro, e depois a tau, e é a combinação de ambas que altera o quadro do paciente de assintomático para a apresentação de um comprometimento cognitivo leve", explicou Beau Ances, autor principal da investigação.

Com este novo agente de imagem para beta-amiloide e tau agora disponível, os pesquisadores possuem as ferramentas necessárias para avaliar a eficácia das terapias experimentais contra a acumulação de ambas as proteínas.

O novo agente descoberto encontra-se já aprovado para utilização no contexto de experiências de pesquisas clínicas.

Apesar de a grande maioria dos estudos sobre Alzheimer ter como foco a acumulação das proteínas beta-amiloides, hoje já há cada vez mais indícios de que são as proteínas tau, e não as amiloides, que levam à Alzheimer.


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