OBESIDADE

Solidão e depressão representam mais riscos para a saúde que obesidade na terceira idade

Uma pesquisa de cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, concluiu que, na terceira idade, a solidão, a depressão e uma fratura recente representam mais riscos para a saúde que a obesidade.

Solidão e depressão representam mais riscos para a saúde que obesidade na terceira idade

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O estudo, que avaliou três mil pessoas com idades entre os 57 e os 85 anos, revelou que fatores como a solidão, a depressão e uma fratura recente são mais propensos a predizer o risco de uma pessoa morrer nos próximos cinco anos do que a obesidade.

Os dados apurados mostraram que as pessoas mais saudáveis eram obesas e robustas e que 22 por cento dos norte-americanos mais velhos entram na categoria de "boa saúde" apesar de registarem obesidade e hipertensão.

Estes indivíduos apresentaram menos problemas nos órgãos, além de melhores funções sensoriais, saúde mental e mobilidade. Eram também os que tinham menor tendência a morrer ou a ter alguma deficiência nos próximos cinco anos.

Verificou-se, por outro lado, o dobro do risco de morte ou invalidez entre aqueles que estavam com o peso normal, mas tinham problemas de tiroide, anemia ou úlcera; entre os que fraturaram algum osso após os 45 anos, e os que tinham a saúde mental afetada.

As pessoas menos saudáveis eram as que tinham diabetes descontrolada e hipertensão e que frequentemente registavam problemas em fazer tarefas quotidianas.

Apesar de as doenças oncológicas terem provocado 24 por cento das mortes entre pessoas maiores de 55 anos no período que durou a pesquisa, este tipo de patologia "parece desenvolver-se aleatoriamente em relação a outras doenças do sistema orgânico", indica ainda a pesquisa.

Com este novo enfoque sobre a avaliação do estado de saúde, centrado no chamado "modelo integrador" de saúde e envelhecimento, que inclui fatores como o bem-estar mental, as funções sensoriais e a mobilidade como partes essenciais da saúde geral, cerca de metade das pessoas consideradas saudáveis no modelo médico standard teria, na realidade, "vulnerabilidades significativas que influenciam a possibilidade de que morram ou tenham alguma deficiência nos próximos cinco anos", sublinharam os cientistas.

"Em vez de políticas focadas na redução da obesidade (...), um maior apoio à redução da solidão entre adultos isolados, ou ao restabelecimento das funções sensoriais seriam mais eficazes para melhorar a saúde e o bem-estar na população mais idosa", considera Edward Laumman, um dos autores da pesquisa.

Fonte: AFP

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