INFECÇÃO

Cientistas do Instituto Gulbenkian criam modelo matemático para combater infeções resistentes a antibióticos

Um grupo de cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) criou um novo modelo matemático que pode ajudar a combater as infeções bacterianas resistentes a antibióticos de forma mais eficaz.

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Num estudo publicado na revista PLoS Computational Biology, as pesquisadoras Erida Gjini e Patrícia Brito, responsáveis pelo desenvolvimento do modelo, explicaram que este tem como base a avaliação de diversas variáveis, entre as quais, a principal, é a resposta do sistema imunitário de cada doente às infeções.
O novo método coloca em confronto o clássico tratamento de infeções com recurso a antibióticos (que têm protocolos de duração e doses definidas) com uma proposta de um modelo adaptativo à dinâmica da infeção, evolução do agente patogénico e sistema imunitário do doente.

Trata-se de um modelo que reforça a aposta na medicina personalizada adaptando-se à evolução da infeção e à resposta do doente, tendo como objetivo administrar um tratamento direcionado, que permita reduzir a necessidade do uso de antibióticos.

O modelo matemático apresentado pelas investigadoras do IGC propõe, desta forma, que, em casos de uma boa resposta do sistema imunitário de um doente, talvez se possa evitar usar antibióticos durante mais tempo e com doses mais elevadas do que o necessário.

O modelo visa resolver o problema do uso abusivo de antibióticos, que tem levado a que as bactérias se tornem cada vez mais resistentes, abrindo portas a um cenário no qual uma pequena infeção ou simples cirurgia poderá ser fatal, alertou recentemente a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fonte: Público (edição impressa)

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