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Descobertos fatores genéticos e ambientais de risco para anorexia

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descrevem um novo modelo de rato que mostra como uma combinação de fatores de risco genéticos e ambientais pode desencadear a anorexia.

Descobertos fatores genéticos e ambientais de risco para anorexia

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Um estudo publicado na revista Translational Psychiatry evidência novas suspeitas de que o risco de anorexia é gerado por uma combinação de variáveis ​​genéticos, biológicos, psicológicos e socioculturais.

Agora, os pesquisadores liderados por Lori Zeltser dizem que, embora modelos animais anteriores de anorexia tenham incluído algumas variáveis, até à data, nenhum estudo tinha sido capaz de incorporar o stress social e componentes genéticos de ansiedade e anorexia que provavelmente contribuem para a anorexia em humanos.

A equipa expôs ratinhos adolescentes com, pelo menos, uma cópia do gene BDNF, que tem sido associado à anorexia e ansiedade em ratinhos e seres humanos.

Quando os ratos adolescentes com a variante do gene BDNF foram expostos a stress, isolamento social e a uma dieta restrita, tornavam-se mais propensos a evitar comer do que os ratos do grupo de controlo.

Curiosamente, quando os pesquisadores impuseram estas variáveis ​​ambientais em ratos adultos, não foram observadas mudanças no seu comportamento alimentar.

"Os nossos resultados mostram que ter o genótipo de risco, por si só, não é suficiente para causar anorexia, mas confere maior suscetibilidade associada ao stress social e à dieta, especialmente durante a adolescência", refere a equipa.

Os investigadores procuram agora utilizar o novo modelo de rato para investigar as vias de sinalização no cérebro que podem contribuir para o comportamento anoréxico, com o objetivo de poder encontrar alvos terapêuticos no futuro.


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