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Estudo em Manchester procura impressões digitais de tumores

Um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, lançou novas luzes sobre uma cadeia de eventos que permite que as células tumorais possam prosperar em ambientes difíceis, identificando potenciais formas para diagnosticar e tratar o cancro.

Estudo em Manchester procura impressões digitais de tumores

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Devido à natureza rápida do crescimento do cancro, os tumores muitas vezes não têm um suprimento de sangue em pleno funcionamento, o que origina baixos níveis de oxigénio dentro do tumor, uma condição conhecida como hipoxia, que torna os tumores mais agressivos e impulsiona a formação de metástases. A hipoxia obriga as células cancerígenas a evoluir e criar formas alternativas de produção de energia.

A pesquisa de Manchester olhou para células em vários ambientes de oxigénio e comparou a sua impressão digital metabólica - as características de produção de energia.

Kaye Williams, que liderou o estudo, explica que se as células ficarem privadas de oxigénio em condições controladas é possível observar "novos processos para superar o stress hipóxico".

Os testes revelaram quatro impressões digitais diferentes, ou seja, padrões que indicam como as células respondem a diferentes condições de oxigenação. Esta visão oferece uma forma diferente de direcionar o crescimento do cancro, através da identificação de processos específicos que possam ser bloqueados com novos fármacos, a fim de afetar somente as células tumorais.

A equipa defende que as descobertas também poderiam assumir-se como uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico e prognóstico: "ao olhar para estas impressões digitais metabólicas em pacientes, podemos entender melhor o nível de hipoxia presente em cada tumor. Tal conhecimento poderia ajudar os médicos na escolha sobre a melhor forma de tratar o cancro", acrescentou Kaye Williams.


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