Maior peso e altura na adolescência podem favorecer desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin
Uma nova análise indica que um maior peso corporal e estatura mais alta na adolescência aumentam o risco de desenvolver linfoma não-Hodgkin, um tipo de cancro do sistema linfático.
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Os resultados publicados na revista Cancer indicam que a prevalência de linfoma não-Hodgkin tem aumentado em todo o mundo e as pesquisas mais recentes sugerem que o aumento das taxas de obesidade pode estar a contribuir para esta tendência.
Para confirmar esta associação, uma equipa liderada por Merav Leiba, do Centro Médico Sheba, em Israel, avaliou se o peso e a altura na adolescência estariam associados ao risco de desenvolver este tipo de cancro mais tarde na vida. O estudo incluiu mais de 2 milhões de adolescentes com idades entre os 16 e os 19 anos que foram examinados entre 1967 e 2011.
A informação foi comparada com o Registo Nacional de Cancro de Israel, que incluiu 4021 casos de linfoma não-Hodgkin entre 1967 e 2012.
As conclusões mostram que o sobrepeso e a obesidade na adolescência foram associados a um risco 25 por cento maior de linfoma não-Hodgkin mais tarde na vida, em comparação com adolescentes que tinham peso normal.
Os cientistas acreditam que esta associação pode dever-se ao facto de a altura e o excesso de peso na infância poderem ter um impacto significativo sobre moléculas inflamatórias e fatores de crescimento que poderiam apoiar o desenvolvimento deste tipo de tumor, mas sublinham que são necessários estudos adicionais para investigar estas possibilidades.