Richard Levenson, coordenador da pesquisa, explicou que os pombos conseguem identificar tecido cancerígeno registado em mamografias e imagens digitalizadas, com um índice de precisão de 99 por cento.

Os cientistas apresentaram 144 imagens a preto e branco e a cores a oito pombos. Após visualizar cada imagem, a ave deveria bicar numa porção azul ou amarela de uma tela para indicar a qual categoria o tecido pertencia - saudável ou doente.

Cada acerto foi recompensado com comida. No caso de erro, os animais seguiam vendo imagens. Em duas semanas, a precisão aumentou de 50 para 85 por cento. Para evitar que as aves pudessem identificar as imagens por memorização, foram intercaladas novas imagens não vistas anteriormente.

Verificou-se ainda que, em conjunto, os pombos parecem trabalhar melhor: quando as imagens eram mostradas a um grupo de quatro animais, a precisão chegou aos 99 por cento.

Os pombos também conseguiram identificar microcalcificações, que são geralmente associadas à presença de cancro, com uma eficácia de 84 por cento e nem a ausência de cor nem a mudança na compreensão das imagens afetou essa capacidade.

Os cientistas sugerem que os pombos poderão ser usados para ajudar os engenheiros a desenvolver e testar novas técnicas de análises médicas por imagens.