DIAGNÓSTICO

Cérebro humano não envelhece como se pensava anteriormente

O cérebro humano não envelhece da forma como a comunidade científica considerava até ao momento. As estruturas cerebrais das pessoas mais velhas são muito parecidas às de indivíduos mais novos, mas com diferenças ao nível vascular.

Cérebro humano não envelhece como se pensava anteriormente

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A conclusão é de uma equipa de investigadores liderada por Kamen Tsvetanov, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que destaca que a resposta pode estar no facto de o principal exame usado nos estudos sobre o envelhecimento do cérebro - a ressonância magnética funcional, ou fMRI - não ser a ferramenta mais adequada para fazer essa avaliação.

Os cientistas explicam que as diferenças encontradas por aquele tipo de exame entre os cérebros de pessoas mais jovens e mais velhas parecem ser devido a alterações vasculares (nos vasos sanguíneos), e não devido a mudanças na própria atividade neuronal, como os cientistas têm vindo a interpretar.

A equipa de Kamen Tsvetanov revela que as diferenças, tendo em conta a idade, na amplitude do sinal da fMRI durante a execução de uma tarefa têm origem vascular, e não neuronal.

"Estes resultados mostram claramente que, sem o uso de métodos de correção, os estudos sobre os efeitos da idade na cognição que utilizam a ressonância magnética funcional podem interpretar incorretamente os efeitos da idade como sendo cognitivos, em vez de fenómenos vasculares", disse Kamen Tsvetanov.

O pesquisador ressalta, contudo, que tal não significa que será necessário ignorar os estudos que não adotaram medidas de calibração padrão dos exames de ressonância magnética funcional.

De acordo com o cientista, esses estudos podem ser "salvos" usando os dados do estado de repouso do cérebro dos voluntários - nos casos em que esses dados estiverem disponíveis - como uma alternativa adequada à calibração.


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