Peginterferão alfa-2a

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Renal DCI com Advertência na Condução
O que é
A peginterferão alfa-2a, que é um interferão de acção prolongada.

O interferon alfa-2a peguilado é um medicamento usado para tratar a hepatite C e a hepatite B.
Para hepatite C, é geralmente usado junto com a ribavirina e as taxas de cura estão entre 24 e 92%.
Para hepatite B, pode ser usado sozinho.
Usos comuns
O tratamento da infecção crónica de hepatite C em pacientes que têm a doença hepática controlados e que não foram previamente tratados com interferão alfa.

Peginterferão alfa-2a é utilizado, quer sozinho ou em combinação com outros medicamentos.
Tipo
Biotecnologia.
Indicações
Hepatite B crónica
Peginterferão alfa-2a está indicado no tratamento da hepatite B crónica (HBC), positiva ou negativa para o antigénio do envelope da hepatite B (AgHBe), em doentes adultos com doença hepática compensada e evidência de replicação viral, valores de ALT elevados e inflamação e/ou fibrose hepáticas comprovadas histologicamente.

Hepatite C crónica
Doentes adultos
Peginterferão alfa-2 está indicado em associação com outros medicamentos no tratamento da hepatite C crónica (HCC) em doentes com doença hepática compensada.
Para informação sobre a actividade específica nos genótipos do vírus da hepatite C (VHC).

Doentes pediátricos com idade igual ou superior a 5 anos:
Peginterferão alfa-2a em associação com ribavina está indicado no tratamento da hepatite C crónica em crianças com idade igual ou superior a 5 anos e adolescentes, sem tratamento prévio, com ARN-VHC detectável no soro.

Ao decidir iniciar o tratamento na infância, é importante considerar a inibição do crescimento induzida pela terapêutica combinada.

A reversibilidade da inibição do crescimento é incerta.

A decisão de tratar deve ser tomada caso a caso.
Classificação CFT

16.3 : IMUNOMODULADORES

Mecanismo de ação
A conjugação do reagente PEG (bis-monometoxipolietilenoglicol) com o interferão alfa-2a forma um interferão alfa-2a peguilado.

Peginterferão alfa-2a possui as propriedades antivírica e antiproliferativa in vitro características do interferão alfa-2a.

O interferão alfa-2a é um conjugado com bis-[monometoxi polietilenoglicol] com o grau de substituição de uma mole de polímero/mole de proteína.

A massa molecular média é de aproximadamente 60.000, da qual a fracção proteíca constitui aproximadamente 20.000.
Posologia orientativa
Hepatite B crónica - doentes adultos
A dose e a duração do tratamento com Peginterferão alfa-2a recomendadas na hepatite B crónica, AgHBe positivo e negativo, é de 180 microgramas, administrada uma vez por semana, por via subcutânea no abdómen ou na coxa, durante 48 semanas.

Hepatite C crónica – doentes sem experiência terapêutica prévia
A dose recomendada de Peginterferão alfa-2a é de 180 microgramas, administrada uma vez por semana por via subcutânea no abdómen ou na coxa, em associação com a ribavirina, por via oral, ou em monoterapia.

A duração recomendada da monoterapia é de 48 semanas.
Administração
O tratamento só deverá ser iniciado por um médico com experiência no tratamento de doentes com hepatite B ou C.

A monoterapia na hepatite C só deve ser considerada em caso de contra-indicação a outros medicamentos.

Peginterferão alfa-2a é administrado por via subcutânea no abdómen ou na coxa. Nos estudos com administração no braço, a exposição ao medicamento diminuiu.

Peginterferão alfa-2a destina-se a ser administrado pelo doente ou pelo prestador de cuidados. Cada frasco deve ser utilizado por uma única pessoa e uma única vez.

Recomenda-se que seja ministrada formação adequada a quem, não sendo profissional de saúde, faça a administração deste medicamento.
Contraindicações
Hipersensibilidade ao Peginterferão alfa-2a.
Hepatite autoimune.
Insuficiência hepática grave ou cirrose hepática descompensada.
História clínica de doença cardíaca grave preexistente, incluindo doença cardíaca instável ou não controlada nos seis meses anteriores.
Doentes coinfectados por VHC e VIH, com cirrose e uma pontuação de Child-Pugh ≥6, excepto se unicamente devida a hiperbilirrubinemia indirecta causada por fármacos tais como o atazanavir e o indinavir.
Associação com telbivudina.
Recém-nascidos e crianças com idade inferior a 3 anos, devido à presença de álcool benzílico como excipiente.
A presença ou história de doença psiquiátrica grave, particularmente depressão grave, ideação suicída ou tentativa de suicídio em doentes pediátricos.
Efeitos indesejáveis/adversos
Os efeitos secundários muito frequentes com a associação Peginterferão alfa-2a com ribavirina (poderão afectar mais de 1 em 10 pessoas) são:

Doenças do metabolismo: Perda de apetite

Perturbações do foro psiquiátrico e do sistema nervoso: Depressão (sentir-se em baixo, sentir-se mal consigo próprio ou sem esperança), ansiedade, insónia, dor de cabeça, dificuldade de concentração e tonturas

Doenças respiratórias: Tosse, falta de ar

Doenças digestivas: Diarreia, náuseas, dor abdominal

Afecções da pele: Queda de cabelo e reacções cutâneas (incluindo comichão, dermatite e pele seca)

Afecções dos músculos e dos ossos:
Dores nas articulações e músculos

Perturbações gerais: Febre, fraqueza, fadiga, tremores, arrepios, dor, reacção de irritação no local da injecção e irritabilidade (enervar-se facilmente)

Os efeitos secundários frequentes com a associação de Peginterferão alfa-2a com ribavirina (poderão afectar até 1 em 10 pessoas) são:

Infecções: infecções fúngicas, virais e bacterianas, infecção do tracto respiratório superior, bronquite, infecção fúngica da boca e herpes (infecção viral frequente e recorrente que afecta os lábios, a boca)

Doenças do sangue: Diminuição do número de plaquetas (afectando a capacidade de coagulação), anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos) e gânglios linfáticos aumentados

Doenças hormonais: Glândula tiróide com actividade aumentada ou diminuída

Perturbações do foro psiquiátrico e do sistema nervoso: Alterações emocionais e do humor, agressividade, nervosismo, diminuição do desejo sexual, diminuição da memória, desmaio, fraqueza muscular, enxaqueca, entorpecimento, formigueiro, sensação de queimadura, tremor, alterações do paladar, pesadelos, sonolência

Afecções oculares: Visão turva, dor ocular, inflamação ocular e secura ocular

Afecções do ouvido: Dor no ouvido

Doenças do coração e dos vasos sanguíneos: Batimento cardíaco acelerado, palpitações, inchaço das extremidades, rubor (vermelhidão)

Doenças respiratórias: Falta de ar durante o exercício, hemorragia nasal, inflamação da garganta e do nariz, infecções do nariz e seios nasais (espaços cheios de ar que se encontram nos ossos da cabeça e face), corrimento nasal, garganta inflamada

Doenças digestivas: Vómitos, indigestão, dificuldade em engolir, feridas da boca, hemorragia gengival, inflamação da língua e boca, flatulência (excesso de ar ou gases), boca seca e perda de peso

Afecções da pele: Erupção cutânea, aumento da transpiração, psoríase, urticária, eczema, sensibilidade à luz, suores noturnos

Afecções dos músculos e dos ossos:
Dor nas costas, inflamação das articulações, fraqueza muscular, dor nos ossos, dor no pescoço, dor muscular, cãibras

Doenças do sistema reprodutor: Impotência (incapacidade de manter uma erecção)

Perturbações gerais: Dor no peito, sintomas parecidos com os da gripe, mal-estar (não se sentir bem), letargia, afrontamentos, sede.

Os efeitos secundários pouco frequentes com a associação de Peginterferão alfa-2a com ribavirina (poderão afectar até 1 em 100 pessoas) são:

Infecções: infecção pulmonar, infecções cutâneas

Neoplasias benignas e malignas: Tumor hepático

Doenças do sistema imunitário: Sarcoidose (áreas de inflamação em várias partes do corpo), inflamação da tiróide

Doenças hormonais: Diabetes (elevados níveis de açúcar no sangue)

Alterações do metabolismo: Desidratação

Perturbações do foro psiquiátrico e do sistema nervoso: Pensamentos suicidas, alucinações (problemas graves de personalidade e deterioração do comportamento social normal), neuropatia periférica (Afecções dos nervos afectando as extremidades)

Afecções oculares: Hemorragia naretina (zona posterior do olho)

Afecções do ouvido: Perda da audição

Doenças do coração e dos vasos sanguíneos: Hipertensão

Doenças respiratórias: Sibilos

Doenças digestivas: Hemorragia gastrointestinal

Afecções hepáticas: Mau funcionamento do fígado

Os efeitos secundários raros com a associação de Peginterferão alfa-2a com ribavirina (poderão afectar até 1 em 1000 pessoas) são:

Infecções: infecção cardíaca, otite externa

Doenças do sangue: Diminuição grave dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas

Doenças do sistema imunitário: Reacção alérgica grave,lúpus eritematoso sistémico (doença na qual o organismo ataca as suas próprias células), artrite reumatóide (uma doença auto-imune)

Doenças hormonais: Cetoacidose diabética, uma complicação da diabetes não controlada

Perturbações do foro psiquiátrico e do sistema nervoso: Suicídio, perturbações psicóticas (problemas graves de personalidade e deterioração do comportamento social normal,coma (inconsciência profunda prolongada), convulsões, paralisia facial (fragilidade do músculo facial)

Afecções oculares: Inflamação e inchaço do nervo óptico, inflamação da retina, ulceração da córnea

Doenças do coração e dos vasos sanguíneos: Ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, dor cardíaca, ritmo cardíaco acelerado, arritmias ou inflamação da membrana que envolve o coração e do músculo cardíaco, hemorragia cerebral e inflamação dos vasos

Doenças respiratórias: Pneumonia intersticial (inflamação dos pulmões incluindo consequências fatais), embolia pulmonar

Doenças digestivas: Úlcera gástrica, inflamação do pâncreas

Afecções hepáticas: Insuficiência hepática, inflamação do canal biliar, fígado gordo

Afecções dos músculos e dos ossos: Inflamação dos músculos

Doenças renais: Insuficiência renal

Lesões ou intoxicações: Sobredosagem

Os efeitos secundários muito raros com a associação de Peginterferão alfa-2a com ribavirina (poderão afectar até 1 em 10.000 pessoas) são:

Doenças do sangue: Anemia aplástica (falência da medula óssea na produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas)

Doenças do sistema imunitário: Púrpura trombocitopénica idiopática (ou trombótica) (aumento de nódoas negras, hemorragia, diminuição das plaquetas, anemia e fraqueza extrema)

Afecções oculares: Perda de visão

Afecções da pele: Necrólise epidérmica tóxica/ síndrome Stevens-Johnson/ eritema multiforme (quadro de erupções cutâneas, com graus de gravidade variável, incluindo a morte, que podem estar associadas a bolhas na boca, nariz, olhos e noutras membranas mucosas e à formação de escaras na zona afectada), angioedema (inchaço na pele e mucosas)

Efeitos secundários de frequência desconhecida:

Doenças do sangue: Aplasia eritrocítica pura (uma forma grave de anemia em que a produção de glóbulos vermelhos diminui ou para), que pode causar sintomas como sentir-se muito cansado, sem energia

Doenças do sistema imunitário: Doença de Vogt-Koyanagi-Harada – uma doença rara caracterizada pela perda de visão e pigmentação auditiva e da pele; rejeição de transplantações do fígado e do rim

Perturbações do foro psiquiátrico e do sistema nervoso: Mania (episódios de elevação exagerada do humor) e perturbações bipolares (episódios de elevação exagerada do humor alternados com tristeza e desespero); pensamentos sobre pôr a vida de outros em risco, trombose

Afecções oculares: Forma rara de descolamento da retina com fluído

Doenças do coração e dos vasos sanguíneos: Isquémia periférica (fornecimento de sangue insuficiente às extremidades)

Afecções digestivas: Colite isquémica (aporte de sangue insuficiente aos intestinos), alterações da cor da língua

Afecções dos músculos e dos ossos: Lesão grave e dor no músculo

Quando este medicamento é utilizado isoladamente, em doentes com hepatite B ou C crónicas, é menos provável que ocorram alguns destes efeitos.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Peginterferão alfa-2a apenas deverá ser utilizado durante a gravidez se o possível benefício justificar o risco potencial para o feto.
Insuf. Renal
Insuf. Renal:
Insuf. Renal:Usar com precaução para Cl cr < 50 ml/min; monitorizar função renal e sinais de toxicidade.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:A amamentação deve ser interrompida antes de iniciar o tratamento, devido ao potencial para desencadear reacções adversas no lactente.
Condução
Condução:
Condução:Os doentes que desenvolvam vertigens, confusão, sonolência ou fadiga devem ser advertidos para evitar conduzir ou utilizar máquinas.
Precauções gerais
Fale com o médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar este medicamento
- se já teve alguma doença nervosa ou mental grave.
- se já teve uma depressão ou se desenvolveu sintomas associados a depressão (por exemplo sensação de tristeza, desânimo, etc) no decurso do tratamento com este medicamento.
- se é um adulto que tem ou já teve história de abuso de substâncias (ex.álcool ou substâncias ilícitas).
- se tem psoríase, esta pode piorar durante o tratamento com Peginterferão alfa-2a.
- se tem problemas de fígado, para além da hepatite B ou C.
- se tem diabetes ou hipertensão, o médico pode pedir-lhe para fazer um exame aos olhos.
- se sentir alterações na sua visão.
- ao ser tratado com este medicamento pode, temporariamente, apresentar risco aumentado de desenvolver uma infecção. Confirme com o médico caso ache que tem uma infecção (como por ex. pneumonia).
- se desenvolver sintomas associados a uma constipação ou outra infecção respiratória (tais como tosse, febre ou qualquer dificuldade em respirar).
- se tiver sinais de hemorragia ou nódoas negras pouco habituais, fale imediatamente com o médico.
- se tiver sinais de reacção alérgica grave (como dificuldade em respirar, sibilos ou urticária) enquanto estiver a tomar este medicamento, procure imediatamente assistência médica.
- se sabe que tem a síndrome VKH ou uma combinação de queixas de rigidez do pescoço, dor de cabeça, perda de cor da pele ou do cabelo, deficiência da visão (como visão turva), e/ou deficiência auditiva (como campaínhas nos ouvidos).
- se tiver uma doença da tiróide que não esteja controlada com medicação.
- se já teve anemia.
- se já foi submetido a um transplante de órgão (fígado ou rim) ou tem um transplante de órgão planeado para breve.
- se também estiver infectado com VIH e estiver a ser tratado com medicamentos para a infecção pelo VIH.
- se tiver interrompido o tratamento anterior para a Hepatite C devido a anemia ou baixo número de células sanguíneas.

Durante o tratamento, o médico pedir-lhe-á para efectuar regularmente análises ao sangue, para verificar se ocorreram alterações nos glóbulos brancos (as células que combatem as infecções), nos glóbulos vermelhos (as células que transportam o oxigénio), nas plaquetas (as células responsáveis pela coagulação do sangue), na função hepática, na glucose (níveis de açúcar no sangue) ou alterações de outros valores laboratoriais.

Em doentes a receber terapêutica combinada com Peginterferão alfa-2a e ribavirina foram notificadas afecções dos dentes e das gengivas, que podem causar a perda de dentes.

Adicionalmente, no tratamento de longa duração com a associação de Peginterferão alfa-2a com ribavirina, a secura da boca pode danificar os dentes e a pele do interior da boca (membrana da mucosa oral).
Deve escovar completamente os dentes duas vezes por dia e fazer exames dentários regulares.

Nalguns doentes podem também ocorrer vómitos.
Se esta reacção ocorrer, assegure-se que lava completamente a boca após o vómito.

Não dê este medicamento a crianças com menos de 5 anos de idade.
Nestas crianças, não foi estudado em combinação com a ribavirina
Se a sua criança tem ou já teve uma perturbação psiquiátrica, fale com o médico; ele irá vigiar o aparecimento de sinais ou sintomas de depressão na sua criança.

Ao ser tratada com Peginterferão alfa-2a, a sua criança pode ter um crescimento e um desenvolvimento mais lento.
Cuidados com a dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Foram notificados casos de sobredosagem que envolveram a administração de duas injecções em dias consecutivos (em vez do intervalo semanal) até injecções diárias durante 1 semana (ou seja, 1260 microgramas/semana).

Nenhum destes doentes apresentou acontecimentos fora do vulgar, graves ou limitantes do tratamento.

Nos ensaios clínicos do carcinoma das células renais e da leucemia mielóide crónica foram administradas doses semanaisaté 540 e 630 microgramas, respectivamente.

Os efeitos tóxicos limitantes da dose foram fadiga, aumento das enzimas hepáticas, neutropenia e trombocitopenia, consistentes com a terapêutica com interferão.
Terapêutica interrompida
Se constatar que se esqueceu da injecção 1 ou 2 dias depois da data prevista para a sua administração, deve administrar a dose recomendada, assim que lhe for possível.

A injecção seguinte deve ser administrada no dia previsto pelo esquema habitual de administração.

Se constatar que se esqueceu da injecção 3 a 5 dias depois da data prevista para a sua administração, deve administrar a injecção na dose recomendada, assim que lhe for possível.

Tome as doses seguintes, a intervalos de 5 dias, até acertar com o dia da semana previsto no esquema habitual de administração.

Por exemplo: Habitualmente, toma a sua injecção à 2ª feira.

Na 6ª feira lembra-se que se esqueceu de a tomar na 2ª feira (4 dias mais tarde).

Deve administrar a injecção, na dose habitual, logo na 6ª feira e administrar a próxima dose na 4ª feira da semana seguinte (5 dias após a dose administrada na 6ª feira).

A injecção seguinte será administrada na 2ª feira, 5 dias após a injecção de 4ª feira.

Já conseguiu acertar no dia da semana previsto no esquema habitual de administração e deverá continuar a administrar as injecções às 2ªs feiras.

Se constatar que se esqueceu da injecção 6 dias depois da data prevista para a sua administração, deve aguardar e administrar a injecção no dia seguinte, isto é, no dia previsto pelo esquema habitual de administração.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Conservar no frigorífico (2°C–8°C).
Não congelar.
Conservar os frascos para injectáveis na embalagem de origem para os proteger da luz.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Peginterferão alfa-2a + Mefenitoína

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A administração de 180 microgramas de Peginterferão alfa-2a, uma vez por semana, durante 4 semanas, em indivíduos saudáveis do sexo masculino, não mostrou ter qualquer efeito no perfil farmacocinético da mefenitoína, dapsona, debrisoquina e da tolbutamida, o que sugere que Peginterferão alfa-2a não tem efeito na actividade metabólica in vivo das isoenzimas 3A4, 2C9, 2C19 e 2D6 do citocromo P450. - Mefenitoína
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Teofilina + Peginterferão alfa-2a

Observações: n.d.
Interacções: A depuração da teofilina poderá ser retardada e/ou a sua concentração plasmática poderá ser aumentada – com risco acrescido de sobredosagem e efeitos adversos – em casos de administração simultânea das substâncias seguintes: - Contraceptivos orais, - Antibióticos macrólidos (especialmente eritromicina e troleandomicina), - Quinolonas (inibidores da girase, especialmente ciprofloxacina, enoxacina e pefloxacina - Imipenem, especialmente efeitos secundários do SNC, tal como convulsões. - Isoniazida, - Tiabendazol, - Bloqueadores dos canais de cálcio (ex. verapamil ou diltiazem), - Propranolol, - Metilxantina, - Propafenona, - Ticlopidina, - Cimetidina, ranitidina, - Alopurinol, febuxostate, - Fluvoxamina, - Alfa-interferão e peginterferão alfa-2, - Zafirlucaste, - Vacinas da gripe, - Etintidina, - Idrocilamida e - Zileuton Nestes casos poderá ser necessária uma redução da dose. Quando a teofilina é administrada simultaneamente com a ciprofloxacina e com a enoxacina, a dose de teofilina deve ser reduzida para no máximo 60% e 30% da dose recomendada, respectivamente. Outras quinolonas (ex: peploxacina ou ácido pipemidico) podem também potenciar a acção de medicamentos contendo teofilina. Consequentemente, recomenda-se fortemente o controlo frequente das concentrações de teofilina durante a terapêutica concomitante com quinolonas. - Peginterferão alfa-2a
Sem efeito descrito

Peginterferão alfa-2a + Dapsona

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A administração de 180 microgramas de Peginterferão alfa-2a, uma vez por semana, durante 4 semanas, em indivíduos saudáveis do sexo masculino, não mostrou ter qualquer efeito no perfil farmacocinético da mefenitoína, dapsona, debrisoquina e da tolbutamida, o que sugere que Peginterferão alfa-2a não tem efeito na actividade metabólica in vivo das isoenzimas 3A4, 2C9, 2C19 e 2D6 do citocromo P450. - Dapsona
Sem efeito descrito

Peginterferão alfa-2a + Debrisoquina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A administração de 180 microgramas de Peginterferão alfa-2a, uma vez por semana, durante 4 semanas, em indivíduos saudáveis do sexo masculino, não mostrou ter qualquer efeito no perfil farmacocinético da mefenitoína, dapsona, debrisoquina e da tolbutamida, o que sugere que Peginterferão alfa-2a não tem efeito na actividade metabólica in vivo das isoenzimas 3A4, 2C9, 2C19 e 2D6 do citocromo P450. - Debrisoquina
Sem efeito descrito

Peginterferão alfa-2a + Tolbutamida

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A administração de 180 microgramas de Peginterferão alfa-2a, uma vez por semana, durante 4 semanas, em indivíduos saudáveis do sexo masculino, não mostrou ter qualquer efeito no perfil farmacocinético da mefenitoína, dapsona, debrisoquina e da tolbutamida, o que sugere que Peginterferão alfa-2a não tem efeito na actividade metabólica in vivo das isoenzimas 3A4, 2C9, 2C19 e 2D6 do citocromo P450. - Tolbutamida
Usar com precaução

Peginterferão alfa-2a + Teofilina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: No mesmo estudo, observou-se um aumento de 25% na AUC da teofilina (marcador da actividade do citocromo P450 1A2), o que demonstra que Peginterferão alfa-2a é um inibidor da actividade do citocromo P450 1A2. Devem monitorizar-se as concentrações séricas da teofilina e devem fazer-se ajustes adequados da dose de teofilina para doentes a tomar teofilina e Peginterferão alfa-2a concomitantemente. É provável que a interacção entre a teofilina e Peginterferão alfa-2a seja máxima após mais de 4 semanas de terapêutica com Peginterferão alfa-2a. - Teofilina
Usar com precaução

Peginterferão alfa-2a + Metadona

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Doentes monoinfetados por VHC e doentes monoinfetados por VHB: Num estudo de farmacocinética em 24 doentes infetados por VHC a receber terapêutica de manutenção com metadona (dose mediana 95 mg; intervalo de 30 mg a 150 mg) concomitante, o tratamento com 180 microgramas de Peginterferão alfa-2a, sc, uma vez por semana, durante 4 semanas foi associado a valores médios de metadona 10% a 15% superiores aos basais. Desconhece-se o significado clínico desta observação, contudo, nestes doentes devem ser monitorizados os sinais e sintomas de toxicidade da metadona. Deve ser considerado o risco de prolongamento do QTc, em particular nos doentes com uma dose elevada de metadona. - Metadona
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2a + Ribavirina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A ribavirina, tendo um efeito inibitório sobre a inosina monofosfato desidrogenase, pode interferir com o metabolismo da azatioprina, conduzindo, possivelmente, à acumulação do 6 - metiltioinosina monofosfato (6 - MTI MF) que tem sido associado a mielotoxicidade nos doentes tratados com azatioprina. Deve evitar-se o uso de peginterferão alfa-2 a e ribavirina concomitantemente com azatioprina. Em casos individuais em que o benefício da administração de ribavirina concomitantemente com azatioprina justifique o risco potencial, recomenda-se realizar uma monitorização hematológica rigorosa durante o uso concomitante da azatioprina para identificar sinais de mielotoxicidade, e logo que estes surjam, deve-se parar o tratamento com estes fármacos. Doentes coinfetados por VHC e VIH: Não foi observada evidência de interacção medicamentosa em 47 doentes coinfetados por VHC e VIH, que completaram um subestudo farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina na fosforilação intracelular de alguns nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou e estavudina). No entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu não ser afetada pela administração concomitante de análogos dos nucleósidos inibidores da transcriptase reserva (NITRs). A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. A exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5 ́ - trifosfato de dideoxiadenosina) é aumentada, in vitro, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a adição da ribavirina. Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do VIH, embora o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da zidovudina num regime de terapêutica antiretrovírica combinada se este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante em doentes com história conhecida de anemia induzida por zidovudina. - Ribavirina
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2a + Azatioprina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A ribavirina, tendo um efeito inibitório sobre a inosina monofosfato desidrogenase, pode interferir com o metabolismo da azatioprina, conduzindo, possivelmente, à acumulação do 6 - metiltioinosina monofosfato (6 - MTI MF) que tem sido associado a mielotoxicidade nos doentes tratados com azatioprina. Deve evitar-se o uso de peginterferão alfa-2 a e ribavirina concomitantemente com azatioprina. Em casos individuais em que o benefício da administração de ribavirina concomitantemente com azatioprina justifique o risco potencial, recomenda-se realizar uma monitorização hematológica rigorosa durante o uso concomitante da azatioprina para identificar sinais de mielotoxicidade, e logo que estes surjam, deve-se parar o tratamento com estes fármacos. - Azatioprina
Sem efeito descrito

Peginterferão alfa-2a + Lamivudina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Os resultados de subestudos de farmacocinética de ensaios principais de fase III demonstraram a ausência de interacção farmacocinética da lamivudina com o Peginterferão alfa-2a em doentes infetados por VHB ou entre o Peginterferão alfa-2a e a ribavirina, em doentes infetados por VHC. Doentes coinfetados por VHC e VIH: Não foi observada evidência de interacção medicamentosa em 47 doentes coinfetados por VHC e VIH, que completaram um subestudo farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina na fosforilação intracelular de alguns nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou e estavudina). No entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu não ser afetada pela administração concomitante de análogos dos nucleósidos inibidores da transcriptase reserva (NITRs). A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. A exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5 ́ - trifosfato de dideoxiadenosina) é aumentada, in vitro, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a adição da ribavirina. Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do VIH, embora o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da zidovudina num regime de terapêutica antiretrovírica combinada se este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante em doentes com história conhecida de anemia induzida por zidovudina. - Lamivudina
Contraindicado

Peginterferão alfa-2a + Telbivudina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Um ensaio clínico investigando a combinação da telbivudina 600 mg por dia com o interferão alfa-2a peguilado, 180 microgramas uma vez por semana, por administração subcutânea, para o tratamento do VHB, indica que a combinação está associada a um maior risco de desenvolvimento de neuropatia periférica. Não se conhece o mecanismo na base destes acontecimentos: assim, o cotratamento com telbivudina e outros interferões (peguilados ou standard) pode igualmente envolver um risco adicional. Além disso, o benefício da combinação da telbivudina com o interferão alfa (peguilado ou standard) não está atualmente estabelecido. Portanto, a associação de Peginterferão alfa-2a com telbivudina é contra-indicada. - Telbivudina
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2a + Zidovudina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Doentes coinfetados por VHC e VIH: Não foi observada evidência de interacção medicamentosa em 47 doentes coinfetados por VHC e VIH, que completaram um subestudo farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina na fosforilação intracelular de alguns nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou e estavudina). No entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu não ser afetada pela administração concomitante de análogos dos nucleósidos inibidores da transcriptase reserva (NITRs). A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. A exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5 ́ - trifosfato de dideoxiadenosina) é aumentada, in vitro, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a adição da ribavirina. Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do VIH, embora o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da zidovudina num regime de terapêutica antiretrovírica combinada se este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante em doentes com história conhecida de anemia induzida por zidovudina. - Zidovudina
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2a + Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Doentes coinfetados por VHC e VIH: Não foi observada evidência de interacção medicamentosa em 47 doentes coinfetados por VHC e VIH, que completaram um subestudo farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina na fosforilação intracelular de alguns nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou e estavudina). No entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu não ser afetada pela administração concomitante de análogos dos nucleósidos inibidores da transcriptase reserva (NITRs). A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. A exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5 ́ - trifosfato de dideoxiadenosina) é aumentada, in vitro, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a adição da ribavirina. Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do VIH, embora o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da zidovudina num regime de terapêutica antiretrovírica combinada se este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante em doentes com história conhecida de anemia induzida por zidovudina. - Didanosina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Peginterferão alfa-2a
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021