Imipenem + Cilastatina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
Imipenem / cilastatina é um antibiótico útil para o tratamento de várias infecções bacterianas.
É feito de uma combinação de imipenem e cilastatina.
Especificamente, é usado para pneumonia, sepse, endocardite, infecções articulares, infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário.
Usos comuns
Combinação Imipenem e Cilastatina é usado no tratamento de infecções causadas por bactérias.

Esta combinação mata as bactérias ou impede o seu crescimento.

Imipenem e Cilastatina não funciona com constipações, gripe ou outras infecções virais.

Combinação imipenem e cilastatina é usado para tratar infecções em diversas partes do corpo.

É por vezes usado com outros antibióticos.

Apesar das seguintes utilizações não estarem incluídas na descrição do produto, a combinação de imipenem e cilastatina é utilizada em certos doentes com as seguintes condições médicas:
– A neutropenia febril (tratamento)
– Melioidose (tratamento).
Tipo
Sem informação.
Indicações
Infecções nosocomiais graves devidas a microrganismos multirresistentes gram +, gram - ou anaeróbios.
Classificação CFT

1.1.4 : Carbapenemes

Mecanismo de ação
Imipenem, também conhecido como N-formimifoil-tienamicina, é um derivado semi-sintético da tienamicina, um composto da família produzido pela bactéria filamentosa Streptomyces cattleya.
Imipenem exerce a sua actividade batericida por inibição da síntese da parede celular bacteriana, em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, através da ligação a proteínas de ligação à penicilina (PBPs).

Cilastatina sódica é um inibidor competitivo, reversível e específico da dehidropeptidase I, uma enzima do rim que metaboliza e inactiva o imipenem.
Não tem actividade antibacteriana intrínseca e não interfere na actividade antibacteriana do imipenem.
Posologia orientativa
Adultos - Via IV ou IM: 500 mg de 8 em 8 horas; 1 g de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas no tratamento de infecções graves.
Crianças - Via IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas.
Administração
Para uso IM, reconstituir o pó liofilizado com 2 mL de água destilada.

Não usar por via EV directa.

As soluções para infusão EV podem ser obtidas por diluição da solução inicial em SF 0,9%, SG 5% ou SGF.

Observar uma concentração final de 5 mg/mL.

Para pacientes em restrição hídrica, pode-se concentrar a solução até 7 mg/mL.

Infundir por um período de 20-60 min.
Contraindicações
Hipersensibilidade aos beta lactâmicos.
Doenças do SNC, nomeadamente epilepsia.
Gravidez e aleitamento.
Reduzir a posologia em doente com insuficiência renal.
Efeitos indesejáveis/adversos
Náuseas, vómitos e diarreia.
Alterações hematológicas.
Reacções alérgicas: erupções cutâneas, prurido, urticária e reacções anafilácticas.
Elevação das enzimas hepáticas.
Convulsões e confusão mental, particularmente quando utilizado em doses elevadas.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Este medicamento só deverá ser utilizado durante a gravidez se os potenciais benefícios para a mãe justificaram o potencial risco para o feto.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:É pouco provável que o lactente seja exposto a quantidades significativas. Se a utilização deste medicamento for considerado essencial, o benefício da amamentação deve ser ponderado contra os possíveis riscos para a criança.
Condução
Condução:
Condução:Não foram efectuados estudos sobre o efeito de conduzir ou utilizar máquinas. Contudo alguns dos efeitos secundários do SNC, tais como tonturas, perturbações psíquicas, confusão e convulsões podem afectar a capacidade de conduzir ou de operar maquinaria.
Precauções gerais
Alguns pacientes podem desenvolver tremores ou convulsões ao receber imipenem e cilastatina.

Se o paciente tiver um histórico de convulsões e estiver a tomar anticonvulsivantes, deve continuar a tomá-los salvo indicação médica.

Em alguns pacientes a combinação de imipenem e cilastatina podem causar diarreia.
– diarreia grave pode ser um sinal de um efeito adverso grave.
Não tomar qualquer medicamento para a diarreia sem primeiro consultar o médico.
Medicamentos para a diarreia pode fazê-la piorar ou durar mais tempo.

– Para diarreia leve podem ser tomados antidiarreicos que contenham caulim ou atapulgita. No entanto, não devem ser tomados de outros tipos de antidiarreicos.

– Consultar o médico se houver qualquer dúvida no caso da diarreia persistir ou piorar.
Cuidados com a dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência ou ligar para o Centro de intoxicações.

Sintomas de sobredosagem podem incluir fraqueza, pálpebras caídas, tremores, dificuldade para respirar, ou crises (perda de sentidos ou convulsões).
Terapêutica interrompida
Se imipenem e cilastatina for administrado num ambiente hospitalar, é pouco provável que haja esquecimento de uma dose. Caso a medicação seja administrada em casa, administrar assim que se lembrar.
Ignorar a dose esquecida caso esteja quase hora da próxima dose.
Não use medicamento extra para compensar a dose esquecida.
Cuidados no armazenamento
Guarde o pó não reconstituído a uma temperatura igual ou inferior 25°C.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Activo contra Streptococcus sp., Staphylococcus sp. sensíveis à oxacilina.

É activo contra a maioria das cepas de Eschrichia coli, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Proteus mirabilis, Proteus indol-positivo, Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Acinetobacter sp., Salmonella sp., Shigella sp., Haemophilus sp., Neisseria sp.

Pseudomonas aeruginosa geralmente é sensível, mas pode surgir resistência durante o tratamento.

É altamente activo contra anaeróbios.

Clostridium difficile, Staphylococcus aureus resistente à oxacilina, Enterococcus faecium, Corynebacterium JK, Stenotrophomonas maltophilia, Pseudomonas cepacia e Chryseobacterium sp. são resistentes.

Não age contra Legionella sp., Chlamydia sp. e Mycoplasma sp.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imipenem + Cilastatina + Ganciclovir

Observações: n.d.
Interacções: Foram notificadas convulsões generalizadas em doentes mdicados com ganciclovir e imipenem + cilastatina IV. Estes fármacos não devem ser utilizados concomitantemente, a menos que o potencial benefício compense os riscos. O pró-fármaco valganciclovir também pode provocar convulsões quando associado ao imipenem + cilastatina. - Ganciclovir
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imipenem + Cilastatina + Valganciclovir

Observações: n.d.
Interacções: Foram notificadas convulsões generalizadas em doentes mdicados com ganciclovir e imipenem + cilastatina IV. Estes fármacos não devem ser utilizados concomitantemente, a menos que o potencial benefício compense os riscos. O pró-fármaco valganciclovir também pode provocar convulsões quando associado ao imipenem + cilastatina. - Valganciclovir
Sem significado Clínico

Imipenem + Cilastatina + Probenecida

Observações: n.d.
Interacções: A utilização concomitante de probenecida duplicou o nível plasmático e a semi-vida da cilastatina, mas não teve efeito na sua recuperação urinária. O uso concomitante de probenecida revelou apenas aumentos mínimos no nível plasmático e na semi-vida do imipenem, com recuperação na urina e diminuição do activo imipenem para aproximadamente 60% da dose administrada. - Probenecida
Consultar informação atualizada

Imipenem + Cilastatina + Teofilina

Observações: n.d.
Interacções: Foram notificados alguns casos de convulsões com a utilização concomitante de teofilina e imipenem. Teoricamente o mecanismo de interacção pode ser a maior sensibilidade aos efeitos adversos no SNC. - Teofilina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imipenem + Cilastatina + Ácido Valpróico (Valproato de sódio)

Observações: n.d.
Interacções: Foi notificado um decréscimo nos níveis sanguíneos de ácido valpróico quando co- administrado com carbapenemes, resultando num decréscimo de 60-100% nos níveis de ácido valpróico em cerca de 2 dias. Devido ao rápido início e à extensão do decréscimo, a co-administração de ácido valpróico com carbapenmes não é considerado como passível de gestão pelo que deverá ser evitada. - Ácido Valpróico (Valproato de sódio)
Consultar informação atualizada

Imipenem + Cilastatina + Testes Laboratoriais/Diagnóstico

Observações: n.d.
Interacções: Pode ocorrer um teste de Coombs positivo em alguns doentes. - Testes Laboratoriais/Diagnóstico
Contraindicado

Valganciclovir + Imipenem + Cilastatina

Observações: n.d.
Interacções: interacções medicamentosas com valganciclovir: Não foram realizados estudos de interacção medicamentosa com Valganciclovir, in vivo. Uma vez que o valganciclovir é extensa e rapidamente metabolizado em ganciclovir, as interacções medicamentosas associadas ao ganciclovir são também esperadas para o valganciclovir. Efeitos de outros medicamentos sobre o ganciclovir: Imipenem-cilastatina: Em doentes a tomar concomitantemente ganciclovir e imipenem-cilastatina foram notificados casos de convulsões. Estes fármacos não devem ser usados concomitantemente, a não ser que os potenciais benefícios ultrapassem os riscos potenciais. - Imipenem + Cilastatina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Letermovir + Imipenem + Cilastatina

Observações: Informação geral sobre as diferenças na exposição entre os diferentes regimes de tratamento com letermovir - A exposição plasmática esperada de letermovir difere consoante o regime terapêutico utilizado. Desta forma, as consequências clínicas das interações medicamentosas do letermovir vão depender do regime de letermovir utilizado, e se o letermovir está ou não associado à ciclosporina. - A associação de ciclosporina e letermovir pode levar a efeitos potenciados ou adicionais dos medicamentos concomitantes quando comparado com letermovir isoladamente.
Interacções: Medicamentos transportados pelo transportador renal OAT3 Os dados in vitro indicam que o letermovir é um inibidor do OAT3; assim sendo, o letermovir pode ser inibidor do OAT3 in vivo. As concentrações plasmáticas de medicamentos transportados pelo OAT3 podem estar aumentadas. - Exemplos de medicamentos transportados pelo OAT3 incluem ciprofloxacina, tenofovir, imipenem e cilastatina. - Imipenem + Cilastatina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Imipenem + Cilastatina
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 28 de Janeiro de 2022