Docetaxel

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática
O que é
O docetaxel é um medicamento de quimioterapia antimitótico clinicamente bem estabelecida utilizado principalmente para o tratamento de cancro de mama, de ovário e cancro de pulmão de células não-pequenas.

Docetaxel liga-se a microtúbulos reversivelmente com afinidade elevada e tem uma estequiometria máxima de uma mole por mole de docetaxel tubulina em microtúbulos.

O docetaxel é uma substância derivada das agulhas das árvores do teixo.
O docetaxel pertence ao grupo de medicamentos contra o cancro chamados taxóides.
Usos comuns
O Docetaxel é indicado para o tratamento do cancro da mama, de certas formas do cancro do pulmão (cancro do pulmão de células não-pequenas), do cancro da próstata, cancro gástrico ou cancro de cabeça e pescoço.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
Carcinoma da mama
O Docetaxel em associação com a doxorrubicina e ciclofosfamida é indicado no tratamento adjuvante de doentes com:
• carcinoma da mama operável com gânglios positivos
• carcinoma da mama operável com gânglios negativos
Em doentes com carcinoma da mama operável com glânglios negativos, o tratamento adjuvante deverá ser restrito a doentes elegíveis para receber quimioterapia de acordo com os critérios estabelecidos a nível internacional para o tratamento primário do carcinoma da mama precoce.

O Docetaxel em associação com a doxorrubicina está indicado no tratamento de doentes com carcinoma da mama localmente avançado ou metastático que não receberam terapêutica citotóxica anterior para este estadio da doença.

O Docetaxel em monoterapia está indicado no tratamento de doentes com carcinoma da mama localmente avançado ou metastático, que não responderam à terapêutica citotóxica.

A quimioterapia anterior deve ter incluído uma antraciclina ou um fármaco alquilante.

O Docetaxel em associação com trastuzumab está indicado no tratamento de doentes com carcinoma da mama metastático cujos tumores apresentem sobre-expressão de HER2 e que não receberam quimioterapia anterior para a doença metastática.

O Docetaxel em associação com a capecitabina está indicado no tratamento de doentes com carcinoma da mama localmente avançado ou metastático que não responderam à terapêutica citotóxica.

A quimioterapia anterior deve ter incluído uma antraciclina.

Carcinoma do pulmão de células não pequenas
O Docetaxel está indicado no tratamento de doentes com carcinoma do pulmão de células não-pequenas localmente avançado ou metastático, após falha de quimioterapia anterior.

O Docetaxel em associação com cisplatina está indicado no tratamento de doentes com carcinoma do pulmão de células não-pequenas localmente avançado ou metastático, não operável, que não receberam quimioterapia anterior para este estadio da doença.

Carcinoma da próstata
O Docetaxel em associação com a prednisona ou prednisolona está indicado no tratamento de doentes com carcinoma da próstata metastático hormono-resistente.

Adenocarcinoma gástrico
O Docetaxel em associação com a cisplatina e 5-fluorouracilo está indicado no tratamento de doentes com adenocarcinoma gástrico metastizado, incluindo adenocarcinoma da junção gastroesofágica, que não receberam quimioterapia prévia para a doença metastática.

Carcinoma da cabeça e pescoço
O Docetaxel em associação com a cisplatina e 5-fluorouracilo está indicado no tratamento de indução de doentes com carcinoma espinocelular (epidermóide), localmente avançado de cabeça e pescoço.
Classificação CFT

16.1.7 : Citotóxicos que interferem com a tubulina

Mecanismo de ação
O docetaxel é um agente antineoplásico que actua promovendo a agregação da tubulina em microtúbulos estáveis e inibindo a sua dissociação, o que conduz a uma marcada redução de tubulina livre.

A ligação do docetaxel aos microtúbulos não altera o número de protofilamentos.

Ficou demonstrado in vitro que o docetaxel interrompe a rede microtubular nas células, essencial para as funções celulares vitais, como a mitose e interfase.
Posologia orientativa
A dose vai depender do seu peso e da sua condição física.

O seu médico vai calcular a sua área de superfície corporal em metros quadrados (m²) e vai determinar a dose que lhe deve ser administrada

Carcinoma da mama
A dose recomendada de docetaxel é 75 mg/m², administrados 1 hora após a doxorrubicina a 50 mg/m² e ciclofosfamida a 500 mg/m² de três em três semanas, durante 6 ciclos (regime TAC)
Para o tratamento de doentes com carcinoma da mama localmente avançado ou metastático, a dose recomendada de docetaxel em monoterapia é de 100 mg/m².

No tratamento de primeira linha, administra-se o docetaxel na dose de 75 mg/m² em terapêutica combinada com doxorrubicina (50 mg/m²).

Em associação com trastuzumab, a dose recomendada de docetaxel é 100 mg/m² de três em três semanas, com o trastuzumab administrado semanalmente.

Carcinoma do pulmão de células não-pequenas
Em doentes sem quimioterapia anterior com carcinoma do pulmão de células não-pequenas, a posologia recomendada é de 75 mg/m² de docetaxel seguidos imediatamente por 75 mg/m² de cisplatina durante 30-60 minutos.

Para o tratamento após falha de quimioterapia anterior com base em compostos de platina, a dose recomendada é de 75 mg/m², em monoterapia.

Carcinoma da próstata
A dose recomendada de docetaxel é 75 mg/m².

Uma dose de 5 mg de prednisona ou prednisolona é administrada por via oral, duas vezes ao dia, continuamente.

Adenocarcinoma Gástrico
A dose recomendada de docetaxel é de 75 mg/m² durante 1 hora de perfusão, seguida de 75 mg/m² de cisplatina durante 1 a 3 horas de perfusão (ambos apenas no dia 1), seguidos de 750- mg/m² de 5-fluorouracilo por dia administrado por perfusão contínua de 24 horas durante 5 dias, iniciada após a perfusão de cisplatina.

O tratamento é repetido a cada três semanas.

Os doentes devem receber pré-medicação com antieméticos e hidratacção apropriada para a administração de cisplatina.

Deve ser feito tratamento profilático de G-CSF para minimizar o risco de toxicidade hematológica.

Carcinoma de cabeça e pescoço
Os doentes devem receber pré-medicação com antieméticos e hidratacção apropriada (antes e depois da administração de cisplatina).

A administração profilática de G-CSF pode ser utilizada para minimizar o risco de toxicidade hematológica.

Foi administrada profilaxia antibiótica a todos os doentes do braço contendo docetaxel dos estudos TAX 323 e TAX 324.

• Indução de quimioterapia seguida de radioterapia (TAX 323)
Para o tratamento de indução de doentes com carcinoma espinocelular (epidermóide) inoperável, localmente avançado de cabeça e pescoço (SCCHN) a dose recomendada de docetaxel é de 75 mg/m² por perfusão durante 1 hora, seguida de cisplatina 75 mg/m² durante 1 hora, no primeiro dia, seguida de perfusão contínua de 750 mg/m² diários de 5-fluorouracilodurante cinco dias.

Este regime terapêutico é administrado a cada 3 semanas durante 4 ciclos.

Após a quimioterapia, os doentes devem receber radioterapia.

• Indução de quimioterapia seguida de radioterapia (TAX 324)
Para o tratamento de indução de doentes com carcinoma espinocelular epidermóide localmente avançado (tecnicamente não ressecável, com baixa probabilidade de cura cirúrgica e com o objectivo de preservação do órgão) de cabeça e pescoço (SCCHN), a dose recomendada de docetaxel é de 75 mg/m² por perfusão durante 1 hora no primeiro dia, seguida de 100 mg/m² de cisplatina administrada em perfusão com duração de 30 minutos a 3 horas, seguida de 5- fluorouracilo 1.000 mg/m²/dia em perfusão contínua do dia 1 ao dia 4.

Este regime é administrado a cada 3 semanas durante 3 ciclos.

Após afinalização da quimioterapia, os doentes deverão receber quimioradioterapia.

Para ajustes de posologia de cisplatina e 5-fluorouracilo, consulte os respectivos resumos das características do medicamento.
Administração
O uso de docetaxel deve ser restrito a unidades especializadas na administração de quimioterapia citotóxica e só deve ser administrado sob a supervisão dum médico com experiência no uso de quimioterapia antineoplásica

O Docetaxel vai-lhe ser administrado por perfusão numa das suas veias (utilização intravenosa).

A perfusão durará aproximadamente uma hora, durante a qual estará no hospital.

Deve normalmente receber uma perfusão de 3 em 3 semanas.

O médico pode alterar a dose e a frequência da administração em função do resultado das suas análises ao sangue, da sua condição física e da sua resposta ao Docetaxel.
Contraindicações
Reacções de hipersensibilidade ao Docetaxel.
Doentes com contagens basais de neutrófilos <1.500 células/mm3.
Doentes com afecção hepática grave.
Também são aplicáveis as contra-indicações de outros medicamentos, quando associados ao docetaxel.
Efeitos indesejáveis/adversos
As reacções adversas notificadas com maior frequência com Docetaxel em monoterapia são: diminuição do número de glóbulos vermelhos ou de glóbulos brancos, queda de cabelo, naúseas, vómitos, inflamações na boca, diarreia e cansaço.

Se receber Docetaxel em associação com outros agentes quimioterapêuticos, a gravidade das reacções adversas pode aumentar.

Durante a perfusão no hospital poderão ocorrer as seguintes reacções alérgicas (podem afectar mais do que 1 em cada 10 pessoas):
• rubor, reacções cutâneas, comichão
• aperto no peito, dificuldade em respirar
• febre ou arrepios
• dor nas costas
• diminuição da pressão arterial.

Podem ocorrer reacções mais graves.
Os técnicos de saúde hospitalares vão monitorizar cuidadosamente o seu estado durante o tratamento.
Informe o médico imediatamente se tiver qualquer um destes efeitos.

Entre as perfusões de Docetaxel podem ocorrer os seguintes efeitos, com frequência variável de acordo com a associação de medicamentos que lhe forem administrados:

Muito frequentes (podem afectar mais de 1 em cada 10 pessoas):
• infecções, diminuição do número de glóbulos vermelhos (anemia), ou de glóbulos brancos (que são importantes no combate às infecções) e de plaquetas,
• febre: se observar um aumento da temperatura deve contactar o médico imediatamente
• reacções alérgicas semelhantes às acima descritas
• diminuição de apetite (anorexia)
• insónia
• sensação de adormecimento ou formigueiro, ou dores nas articulações ou nos músculos,
• dor de cabeça
• alteração do paladar
• inflamação ocular ou aumento do lacrimejo
• inchaço causado por drenagem linfática insuficiente
• falta de ar
• corrimento nasal; inflamação do nariz e garganta; tosse
• sangramento do nariz
• inflamações na boca
• perturbações do estômago incluindo náuseas, vómitos e diarreia, prisão de ventre
• dor abdominal
• enfartamento
• queda de cabelo (na maioria dos casos o cabelo deve voltar a crescer normalmente)
• vermelhidão e inchaço da palma das mãos e da planta dos pés, que pode provocar a descamação da pele (também poderá ocorrer nos braços, face, ou no corpo)
• alteração na cor das unhas, que podem soltar-se
• dores e cãibras musculares; dores ósseas ou dores nas costas
• alteração ou ausência do período menstrual
• inchaço das mãos, pés, pernas
• cansaço; ou sintomas idênticos aos de uma gripe
• aumento ou diminuição de peso

Frequentes (podem afectar até 1 em cada 10 pessoas)
• candidíase oral
• desidratação
• tonturas
• alterações da audição
• diminuição da pressão arterial; pulsação irregular ou rápida
• insuficiência cardíaca
• esofagite
• boca seca
• dificuldade ou dor ao engolir
• hemorragia
• aumento das enzimas hepáticos (daí a necessidade de análises regulares ao sangue)

Pouco frequentes (podem afectar até 1 em cada 100 pessoas):
• desmaio
• reacção cutânea, flebite (inflamação da veia) ou inchaço no local de injecção
• inflamação do cólon, intestino delgado, perfuração intestinal
• coágulos sanguíneos

Desconhecido:
• doença pulmonar intersticial (inflamação dos pulmões provocando tosse e dificuldade em respirar. A inflamação dos pulmões pode ser desencadeada quando a terapêutica com docetaxel é usada com radioterapia)
• pneumonia (infecção dos pulmões)
• fibrose pulmonar (cicatrização e espessamento dos pulmões provocando falta de ar).
• visão turva devido ao inchaço da retina no interior do olho (edema macular cistóide)
• diminuição do sódio no sangue
Advertências
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:
Insuf. Hepática:Reduzir a dose; evitar na IH grave.
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:O Docetaxel não deve ser administrado se estiver grávida a menos que tal seja claramente indicado pelo seu médico.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Não pode amamentar enquanto estiver a fazer tratamento com Docetaxel.
Precauções gerais
Para o carcinoma da mama ou do pulmão de células não-pequenas, uma pré-medicação constituída por um corticosteróide oral, tal como a dexametasona na dose de 16 mg/dia (p.ex. 8 mg, duas vezes por dia) durante 3 dias, com início no dia anterior à administração do docetaxel, salvo se contra-indicada, pode reduzir a incidência e a gravidade da retenção de líquidos, bem como a gravidade das reacções de hipersensibilidade.

Para o carcinoma da próstata, o regime de pré-medicação recomendado é 8 mg de dexametasona oral, 12 horas, 3 horas e 1 hora antes da perfusão de docetaxel.

Hematologia
A neutropenia é o efeito secundário mais frequentemente observado com o docetaxel.

Os valores mínimos de neutrófilos ocorrem, em mediana, ao fim de 7 dias, mas este intervalo pode ser mais curto em doentes já sujeitos a terapêuticas anteriores intensas.

Deve realizar-se uma monitorização frequente de hemogramas completos em todos os doentes tratados com docetaxel.

Os doentes não deverão voltar a receber docetaxel até que os neutrófilos recuperem para um nível ≥1.500 células/mm3.

Em caso de ocorrência duma neutropenia grave (<500 células/mm3 durante sete ou mais dias) no decurso do tratamento com docetaxel, recomenda-se uma redução da dose nos ciclos subsequentes ou a utilização de medidas de suporte adequadas.

Em doentes tratados com docetaxel em associação com cisplatina e 5-fluorouracilo (TCF), a taxa de ocorrência de neutropenia febril e infecção neutropénica foi mais baixa em doentes que receberam profilaxia com G-CSF.

Doentes tratados com TCF devem receber tratamento profilático de G-CSF para minimizar o risco de neutropenia complicada (neutropenia febril, neutropenia prolongada ou infecção neutropénica).

Os doentes a receberem TCF devem ser cuidadosamente vigiados.

Em doentes tratados com docetaxel em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida (TAC), a taxa de ocorrência de neutropénia febril e infecção neutropénica foi mais baixa em doentes que receberam profilaxia com G-CSF.

Deverá considerar-se a profilaxia primária com G-CSF em doentes a receber tratamento adjuvante com TAC para o carcinoma da mama para mitigar o risco de neutropenia complicada (neutropenia febril, neutropenia prolongada ou infecção neutropénica).

Os doentes a receberem TAC devem ser cuidadosamente vigiados.

Reacções de hipersensibilidade
Os doentes devem ser vigiados cuidadosamente quanto a reacções de hipersensibilidade, em especial durante a primeira e segunda perfusões.

Poderão ocorrer reacções de hipersensibilidade alguns minutos após o início da perfusão de docetaxel, devendo portanto estar disponíveis recursos para o tratamento de hipotensão e broncospasmo.

Caso ocorram reacções de hipersensibilidade, sintomas ligeiros tais como rubor ou reacções cutâneas localizadas, não será necessário interromper o tratamento.

No entanto, em caso de reacções graves, tais como hipotensão grave, broncospasmo, ou erupção/eritema generalizado, deverá interromper-se imediatamente a administração de docetaxel, instituindo-se uma terapêutica adequada.

O docetaxel não deverá ser novamente administrado a doentes que desenvolveram reacções de hipersensibilidade graves.

Reacções cutâneas
Têm sido observados eritemas cutâneos localizados nas extremidades (palma das mãos e planta dos pés), com edema seguido de descamação.

Foram notificados sintomas graves, tais como erupção seguida de descamação que levaram à interrupção ou suspensão do tratamento com docetaxel.

Retenção de líquidos
Doentes com retenção de líquidos grave, tal como derrame pleural, derrame pericárdico e ascite devem ser vigiados cuidadosamente.

Doenças Respiratórias
Síndrome de dificuldade respiratória aguda, pneumonia intersticial/pneumonite, doença pulmonar intersticial, fibrose pulmonar e insuficiência respiratória têm sido notificados e podem ser associados a morte.

Foram notificados casos de pneumonite por radiação em doentes a fazer radioterapia concomitante.

Em caso de desenvolvimento de novos sintomas pulmonares ou agravamento, os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente, avaliados de imediato e tratados apropriadamente.

É recomendada a interrupção da terapêutica com docetaxel até ao diagnóstico ser conhecido.

O início precoce dos cuidados paliativos podem ajudar a melhorar o estado do doente.

O benefício de reiniciar o tratamento com docetaxel deve ser cuidadosamente avaliado.

Doentes com afecção hepática
Nos doentes tratados com docetaxel em monoterapia na dose de 100 mg/m2 que apresentem transaminases séricas (ALT e/ou AST) superiores a 1,5 vezes o LSN em simultâneo com níveis de fosfatase alcalina superiores a 2,5 vezes o LSN, existe um risco aumentado de ocorrência de reacções adversas graves tais como morte tóxica incluindo sépsis e hemorragias gastrointestinais que podem ser fatais, neutropenia febril, infecções, trombocitopenia, estomatites e astenia.

Portanto a dose recomendada de docetaxel nos doentes com testes da função hepática (TFH) elevados é de 75 mg/m2 e os TFH devem-se efectuar no início da terapêutica e antes de cada ciclo.

Nos doentes com níveis de bilirrubina sérica >LSN e/ou ALT e AST >3,5 vezes o LSN em simultâneo com fosfatase alcalina >6 vezes o LSN, não é possível recomendar uma redução da dose, e o docetaxel não deverá ser utilizado, salvo se estritamente indicado.

Em associação com a cisplatina e o 5-fluorouracilopara o tratamento de doentes com adenocarcinoma gástrico, o estudo clínico principal excluiu doentes com ALT e/ou AST >1,5 x LSN, associado a fosfatase alcalina>2,5 x LSN e bilirrubina >1 x LSN.

Nestes doentes não é recomendada a redução de dose e o docetaxel só deve ser administrado quando estritamente indicado.

Não se dispõe de dados em doentes com afecção hepática tratados com docetaxel, em terapêutica de associação nas outras indicações.

Doentes com afecção renal
Não existem dados disponíveis em doentes com afecção renal grave tratados com docetaxel.

Sistema nervoso
O aparecimento de neurotoxicidade periférica grave requer uma redução da dose.

Toxicidade cardíaca
Foi observada insuficiência cardíaca em doentes que receberam docetaxel em associação com trastuzumab, em particular na sequência de quimioterapia contendo antraciclinas (doxorrubicina e epirrubicina).

Esta pode ser moderada a grave e tem sido associada a morte.

Quando os doentes são candidatos ao tratamento com docetaxel em associação com trastuzumab, devem ser sujeitos a uma avaliação cardíaca inicial.

A função cardíaca deve ser também monitorizada durante o tratamento (p.ex. de três em três meses) para ajudar a identificar doentes que possam desenvolver disfunções cardíacas.

Para mais detalhes consulte o resumo das características do medicamento de trastuzumab.

Afecções oculares
O edema macular cistóide (EMC) tem sido notificado em doentes sob terapêutica com docetaxel.

Os doentes com insuficiência visual devem ser submetidos imediatamente a um exame oftalmológicocompleto.

Caso seja diagnosticado EMC, o tratamento com docetaxel deve ser descontinuado e deve-se iniciar um novo tratamento apropriado.

Outros
Devem ser tomadas medidas contraceptivas tanto por homens como por mulheres durante o tratamento e, no caso dos homens até pelo menos 6 meses após o fim da terapêutica.

O uso concomitante de docetaxel com inibidores fortes do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) deve ser evitado.

Precauções adicionais para uso no tratamento adjuvante do carcinoma da mama

Neutropenia complicada
Para os doentes que experimentam neutropenia complicada (neutropenia prolongada, neutropenia febril, ou infecção), deve considerar-se o uso de G-CSF e uma redução da dose.

Reacções gastrointestinais
Sintomas tais como dor e sensibilidade abdominal precoce, febre, diarreia, com ou sem neutropenia, podem ser manifestações precoces de toxicidade gastrointestinal grave e devem ser avaliados e tratados de imediato.

Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
Os doentes devem ser monitorizados quanto a sintomas de insuficiência cardíaca congestiva durante o tratamento e o período de acompanhamento.

Em doentes tratados com o regime TAC para o carcinoma da mama com gânglios positivos, o risco de ICC demonstrou ser superior durante o primeiro ano após o tratamento.

Leucemia
Nos doentes tratados com docetaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida (TAC), o risco de mielodisplasia tardia ou de leucemia mielóide requer acompanhamento hematológico.

Doentes com 4+ nódulos
Como o benefício observado em doentes com 4+ gânglios não foi estatisticamente significativo na sobrevivência livre de doença (SLD) e na sobrevivência global (SG), a relação positiva risco/benefício do TAC para os doentes com 4+ gânglios não foi completamente demonstrada na análise final.

População idosa
Os dados disponíveis em doentes com idade >70 anos sobre o uso de docetaxel em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida são limitados.

Dos 333 doentes tratados com docetaxel de três em três semanas num estudo no carcinoma da próstata, 209 doentes tinham idade igual ou superior a 65 anos e 68 doentes tinham mais de 75 anos.

Nos doentes tratados com docetaxel de 3 em 3 semanas, a incidência de consequentes alterações nas unhas ocorreu com uma frequência ≥ 10 % mais elevada em doentes com idade igual ou superior a 65 anos em comparação com os doentes mais novos.

A incidência de febre, diarreia, anorexia e edema periférico ocorreu com uma frequência ≥10% mais elevada em doentes com idade igual ou superior a 75 anos face aos doentes com menos de 65 anos.

Entre os 300 doentes (221 doentes na fase III do estudo e 79 doentes na fase II) tratados com docetaxel em associação com cisplatina e 5-fluorouracilo, no estudo do carcinoma gástrico, 74 tinham 65 anos de idade ou mais e 4 doentes tinham 75 anos de idade ou mais.

A incidência de efeitos adversos graves foi mais elevada nas populações idosas em comparação com as mais novas.

A frequência de incidência dos seguintes acontecimentos adversos (todos os graus) foi mais elevada em ≥10% nos doentes com 65 ou mais anos do que nos doentes mais novos: letargia, estomatite, infecção neutropénica.

As populações idosas tratadas com TCF devem ser cuidadosamente vigiadas.
Cuidados com a dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Foram notificados alguns casos de sobredosagem.

Não existe antídoto conhecido para a sobredosagem com docetaxel.

Em caso de sobredosagem, o doente deve ser mantido numa unidade especializada, com monitorização regular das funções vitais.

Em caso de sobredosagem, é previsível a exacerbação dos efeitos adversos.

Prevê-se que as principais complicações da sobredosagem sejam uma supressão da medula óssea, neurotoxicidade periférica e mucosite.

Os doentes devem receber terapêutica com G-CSF logo que possível após a deteção da sobredosagem.

Outras medidas sintomáticas apropriadas devem ser tomadas, quando necessário.
Terapêutica interrompida
Este medicamento é administrado em meio hospitalar.
Cuidados no armazenamento
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25ºC.
Conservar na embalagem de origem de forma a proteger da luz.
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Macrólidos + Docetaxel

Observações: Podem interferir com a absorção de outros fármacos, inibir as enzimas metabolizadoras com aumento da toxicidade de alguns fármacos e, com menos frequência, reduzir a concentração plasmática de outros, por aceleração do metabolismo. Os macrólidos envolvidos com mais frequência são a eritromicina (em particular por via parentérica) e a claritromicina. A eritromicina em aplicação tópica não origina interacções.
Interacções: Por inibição enzimática, com aumento da concentração plasmática e da toxicidade respectiva interferem com: Citotóxicos (docetaxel, vinblastina) - Docetaxel - Docetaxel
Usar com precaução

Docetaxel + Cetoconazol

Observações: n.d.
Interacções: Estudos in vitro mostraram que o metabolismo do docetaxel pode ser modificado pela administração concomitante de compostos que induzam, inibam ou sejam metabolizados pela citocromo P4503A (e assim possam inibir a enzima competitivamente), tais como ciclosporina, cetoconazol e eritromicina. Por conseguinte, deverão tomar-se precauções no tratamento de doentes com esta terapêutica concomitante, visto haver um potencial para uma interacção significativa. Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Cetoconazol
Sem efeito descrito

Pertuzumab + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Num subestudo em 37 doentes do ensaio clínico principal aleatorizado, Pertuzumab, em cancro da mama metastizado, não foram observadas interacções farmacocinéticas (PK) entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Adicionalmente, na análise farmacocinética populacional, não foram demonstradas evidências de interacções medicamentosas entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Esta ausência de interacções medicamentosas foi confirmada pelos dados de farmacocinética do ensaio Pertuzumab realizado no contexto neoadjuvante. Quatro estudos avaliaram os efeitos de pertuzumab na farmacocinética de fármacos citotóxicos co-administrados, docetaxel, gemcitabina, erlotinib e capecitabina. Não houve evidência de qualquer interacção farmacocinética entre pertuzumab e qualquer um destes fármacos. A farmacocinética de pertuzumab nestes estudos foi comparável à observada nos estudos com apenas um fármaco. - Docetaxel
Sem efeito descrito

Nintedanib + Docetaxel

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos. Nintedanib é um substrato da gp-P. Apenas uma pequena parte da biotransformação do nintedanib é feita pelas vias do CYP. Nintedanib e os seus metabolitos, a fração ácido livre BIBF 1202 e o seu glucoronido BIBF 1202-glucoronido, não inibiram ou induziram as enzimas do CYP em estudos pré-clínicos. Assim, a probabilidade de interações medicamentosas com nintedanib com base no metabolismo do CYP é considerada baixa.
Interacções: A administração concomitante de nintedanib com docetaxel (75 mg/m²) não alterou a farmacocinética de qualquer dos medicamentos numa extensão relevante. - Docetaxel
Usar com precaução

Docetaxel + Ciclosporina

Observações: n.d.
Interacções: Estudos in vitro mostraram que o metabolismo do docetaxel pode ser modificado pela administração concomitante de compostos que induzam, inibam ou sejam metabolizados pela citocromo P4503A (e assim possam inibir a enzima competitivamente), tais como ciclosporina, cetoconazol e eritromicina. Por conseguinte, deverão tomar-se precauções no tratamento de doentes com esta terapêutica concomitante, visto haver um potencial para uma interacção significativa. - Ciclosporina
Usar com precaução

Docetaxel + Eritromicina

Observações: n.d.
Interacções: Estudos in vitro mostraram que o metabolismo do docetaxel pode ser modificado pela administração concomitante de compostos que induzam, inibam ou sejam metabolizados pela citocromo P4503A (e assim possam inibir a enzima competitivamente), tais como ciclosporina, cetoconazol e eritromicina. Por conseguinte, deverão tomar-se precauções no tratamento de doentes com esta terapêutica concomitante, visto haver um potencial para uma interacção significativa. O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Eritromicina
Usar com precaução

Docetaxel + Inibidores do CYP3A4

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Inibidores do CYP3A4
Usar com precaução

Docetaxel + Itraconazol

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Itraconazol
Usar com precaução

Docetaxel + Claritromicina

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Claritromicina
Usar com precaução

Docetaxel + Indinavir

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Indinavir
Usar com precaução

Docetaxel + Nefazodona

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Nefazodona
Usar com precaução

Docetaxel + Nelfinavir

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Nelfinavir
Usar com precaução

Docetaxel + Ritonavir

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Ritonavir
Usar com precaução

Docetaxel + Saquinavir

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Saquinavir
Usar com precaução

Docetaxel + Telitromicina

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Telitromicina
Usar com precaução

Docetaxel + Voriconazol

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de combinação com inibidores do CYP3A4, a ocorrência de reacções adversas ao docetaxel pode aumentar, como resultado do metabolismo reduzido. Se a utilização concomitante de um inibidor forte do CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol) não puder ser evitada, é recomendada uma monitorização clínica e um ajuste da dose de docetaxel durante o tratamento com o inibidor forte do CYP3A4. Num estudo farmacocinético com 7 doentes, a co-administração de docetaxel com o inibidor forte do CYP3A4 cetoconazol leva a uma diminuição significativa da depuração do docetaxel de 49%. - Voriconazol
Sem efeito descrito

Docetaxel + Prednisona

Observações: n.d.
Interacções: A farmacocinética do docetaxel na presença de prednisona foi estudada em doentes com carcinoma da próstata metastático. O docetaxel é metabolizado pelo CYP3A4 e a prednisona é conhecida como indutor do CYP3A4. Não se observou qualquer efeito estatisticamente significativo da prednisona sobre a farmacocinética do docetaxel. - Prednisona
Sem efeito descrito

Docetaxel + Difenidramina

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Difenidramina
Sem efeito descrito

Docetaxel + Propranolol (propanolol)

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Propranolol (propanolol)
Sem efeito descrito

Docetaxel + Propafenona

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Propafenona
Sem efeito descrito

Docetaxel + Fenitoína

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Fenitoína
Sem efeito descrito

Docetaxel + Salicilatos

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Salicilatos
Sem efeito descrito

Docetaxel + Sulfametoxazol

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Sulfametoxazol
Sem efeito descrito

Docetaxel + Valproato semisódico (ácido valpróico)

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel tem uma elevada ligação às proteínas (>95%). Embora a possível interacção in vivo do docetaxel com outros medicamentos administrados concomitantemente não tenha sido investigada formalmente, as interacções in vitro com agentes fortemente ligados às proteínas tais como eritromicina, difenidramina, propranolol, propafenona, fenitoína, salicilato, sulfametoxazol e valproato de sódio não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Valproato semisódico (ácido valpróico)
Sem efeito descrito

Docetaxel + Dexametasona

Observações: n.d.
Interacções: A dexametasona não afectou a ligação às proteínas do docetaxel. - Dexametasona
Sem efeito descrito

Docetaxel + Digitoxina

Observações: n.d.
Interacções: O docetaxel não afectou a ligação às proteínas da digitoxina. - Digitoxina
Sem efeito descrito

Docetaxel + Doxorrubicina

Observações: n.d.
Interacções: A farmacocinética de docetaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida não foi influenciada pela sua co-administração. - Doxorrubicina
Sem efeito descrito

Docetaxel + Ciclofosfamida

Observações: n.d.
Interacções: A farmacocinética de docetaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida não foi influenciada pela sua co-administração. - Ciclofosfamida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Docetaxel + Carboplatina

Observações: n.d.
Interacções: Dados limitados dum único estudo não controlado sugeriram uma interacção entre o docetaxel e a carboplatina. Quando associada ao docetaxel, a depuração da carboplatina foi cerca de 50% superior aos valores previamente observados para a carboplatina em monoterapia. - Carboplatina
Usar com precaução

Imatinib + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: O imatinib aumenta a Cmax e a AUC da sinvastatina (substrato da CYP3A4 ) em 2 e 3,5 vezes, respectivamente, indicando uma inibição da CYP3A4 pelo imatinib. Como tal, é recomendada precaução quando se administra imatinib com substratos da CYP3A4 com uma janela terapêutica estreita (por ex. ciclosporina, pimozida, tacrolímus, sirolímus, ergotamina, diergotamina, fentanil, alfentanil, terfenadina, bortezomib, docetaxel e quinidina). - Docetaxel
Sem efeito descrito

Lapatinib + Docetaxel

Observações: O lapatinib é predominantemente metabolizado pelo CYP3A.
Interacções: A administração concomitante de lapatinib com docetaxel administrado por via intravenosa não afetou significativamente a AUC ou a Cmax de qualquer uma das substâncias activas. No entanto, aumentou a ocorrência de neutropeia induzida pelo docetaxel. - Docetaxel
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Vinflunina + Docetaxel

Observações: Os estudos in vitro mostraram que a vinflunina não teve, nem efeitos indutivos na atividade no CYP1A2, CYP2B6 ou CYP3A4 nem efeitos de inibição no CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e no CYP3A4. Estudos in vitro mostraram que a vinflunina é um PGP-substrato tal como os outros alcaloides de vinca, mas com uma menor afinidade. Assim, deve ser pouco provável o risco de interações clinicamente significativas.
Interacções: Foi sugerido por um estudo in vitro (inibição ligeira do metabolismo da vinflunina) uma possível interacção com paclitaxel e docetaxel (substratos CYP3). Ainda não foi realizado nenhum estudo clínico específico da vinflunina em combinação com estes compostos. - Docetaxel
Sem efeito descrito

Trastuzumab + Docetaxel

Observações: Não foram realizados estudos formais de interacção medicamentosa. Não foram observadas interações clinicamente significativas entre Trastuzumab e os medicamentos concomitantes utilizados em ensaios clínicos.
Interacções: Efeito do trastuzumab na farmacocinética de outros fármacos antineoplásicos: Os dados de farmacocinética dos estudos BO 15935 e M77004 em mulheres com cancro da mama metastizado HER2 positivo sugeriram que a exposição ao paclitaxel e doxorrubicina (e os seus principais metabólitos 6 α -hidroxipaclitaxel, POH, e doxorrubicinol, DOL) não era alterada na presença de trastuzumab (dose de carga de 8 mg/kg ou 4 mg/kg IV, seguida de 6 mg/kg IV de 3 em 3 semanas ou de 2 mg/kg IV semanalmente, respectivamente). No entanto, o trastuzumab pode elevar a exposição global de um metabólito da doxorrubicina (7- desoxi-13 dihidro-doxorrubicinona, D7D). A bioatividade do D7D e o impacto clínico do aumento deste metabólito não foram claros. Os dados do estudo JP16003, um estudo de um braço deste medicamento (dose de carga de 4 mg/kg IV e 2 mg/kg IV semanalmente) e docetaxel (60 mg/m 2 IV) em mulheres Japonesas com cancro da mama metastizado HER2 positivo sugeriram que a administração concomitante de trastuzumab não tinha efeito na farmacocinética de dose única do docetaxel. O estudo JP19959 foi um subestudo do BO18255 (ToGA), conduzido em doentes Japoneses masculinos e femininos com cancro gástrico avançado, para avaliação da farmacocinética da capecitabina e cisplatina quando utilizadas com ou sem Trastuzumab. Os resultados deste subestudo sugeriram que a exposição aos metabólitos bioativos da capecitabina (p. ex., 5-FU) não era afetada pela utilização concomitante da cisplatina nem pela utilização concomitante da cisplatina mais Trastuzumab. No entanto, a própria capecitabina demonstrou concentrações mais elevadas e uma semivida mais longa quando associada ao Trastuzumab. Os dados também sugerem que a farmacocinética da cisplatina não foi afetada pela utilização concomitante da capecitabina nem pela utilização concomitante da capecitabina mais Trastuzumab. Os dados de farmacocinética do estudo H4613g/GO0 1305 em doentes com cancro HER2 positivo, inoperável, metastizado ou localmente avançado demonstraram que o trastuzumab não tinha impacto na farmacocinética da carboplatina. Efeito de fármacos antineoplásicos na farmacocinética do trastuzumab: Na comparação de concentrações séricas simuladas de trastuzumab após Trastuzumab em monoterapia (dose de carga de 4 mg/kg / 2 mg/kg semanalmente, IV) e de concentrações séricas observadas em mulheres Japonesas com cancro da mama metastizado HER2 positivo (estudo JP16003), não foi detetada nenhuma evidência de efeito farmacocinético na farmacocinética do trastuzumab pela administração concomitante de doxetacel. A comparação dos resultados farmacocinéticos de 2 estudos de fase II (BO15935 e M77004) e de um estudo de fase III (H0648g), nos quais os doentes foram tratados concomitantemente com trastuzumab e paclitaxel, e de dois estudos de fase II nos quais o trastuzumab foi administrado em monoterapia (W016229 e MO16982), em mulheres com cancro da ma ma metastizado HER2 positivo, indicam que as concentrações séricas de trastuzumab no vale, individuais e médias, variam nos estudos e entre os estudos, mas não houve um efeito claro na farmacocinética do trastuzumab pela administração concomitante do paclitaxel. A comparação dos dados de farmacocinética do trastuzumab do estudo M77004 em que mulheres com cancro da mama metastizado HER2 positivo foram tratadas concomitantemente com trastuzumab, paclitaxel e doxorrubina com dados de farmacocinética do trastuzumab em estudos em que o trastuzumab foi administrado em monoterapia (H0649g) ou em associação com antraciclinas e ciclofosfamida ou paclitaxel (estudo H0648g) sugeriram não haver efeitos da doxorrubicina e paclitaxel na farmacocinética do trastuzumab. Os dados de farmacocinética do estudo H4613g/GO01305 demonstraram que a carboplatina não tinha impacto na farmacocinética do trastuzumab. A administração concomitante de anastrozol não pareceu influenciar a farmacocinética do trastuzumab. - Docetaxel
Não recomendado/Evitar

Pitolisant + Docetaxel

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Medicamentos cujo metabolismo pode ser afectado pelo pitolisant: Substratos da CYP3A4 e da CYP2B6: Com base nos dados in vitro, o pitolisant e os seus metabólitos principais podem induzir a CYP3A4 e a CYP2B6 em concentrações terapêuticas, e a CYP2C, UGT e glicoproteína-P por extrapolação. Não existem dados clínicos disponíveis sobre a magnitude desta interacção. Por conseguinte, a associação de pitolisant com substratos da CYP3A4 com uma margem terapêutica estreita (por exemplo, imunossupressores, docetaxel, inibidores das quinases, cisaprida, pimozida, halofantrina), deve ser evitada. Medicamentos cujo metabolismo pode ser afectado pelo pitolisant: Com outros substratos da CYP3A4, CYP2B6 (por exemplo, efavirenz, bupropiona), CYP2C (por exemplo, repaglinida, fenitoína, varfarina), glicoproteína-P (por exemplo, dabigatrano, digoxina) e UGT (por exemplo, morfina, paracetamol, irinotecano), é necessária precaução quanto à monitorização clínica da sua eficácia. - Docetaxel
Sem efeito descrito

Epirrubicina + Docetaxel

Observações: A Epirrubicina é principalmente utilizada em associação com outros agentes anticancerígenos. Pode ocorrer toxicidade aditiva, especialmente no que respeita a efeitos sobre a medula óssea/hematológicos e gastrointestinais. A Epirrubicina é extensamente metabolizada pelo fígado. As alterações da função hepática induzidas por terapêuticas concomitantes podem afectar o metabolismo, farmacocinética, eficácia terapêutica e/ou toxicidade da Epirrubicina.
Interacções: O paclitaxel, quando administrado antes da Epirrubicina, pode causar aumento das concentrações plasmáticas de Epirrubicina inalterada e dos seus metabólitos, embora estes últimos não sejam tóxicos nem activos. A co-administração de paclitaxel ou do docetaxel não afectou a farmacocinética da Epirrubicina quando esta foi administrada antes do taxano. Esta associação pode ser utilizada através da administração alternada dos dois medicamentos. A perfusão da Epirrubicina e do paclitaxel deve ser efectuada com um intervalo de pelo menos 24 horas entre os dois medicamentos. Verificou-se num estudo que o docetaxel pode aumentar as concentrações plasmáticas dos metabólitos da Epirrubicina quando é administrado imediatamente depois desta. - Docetaxel
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cisplatina + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Num estudo em doentes oncológicos com tumores metásticos ou em estado avançado, docetaxel em combinação com cisplatina induziu efeitos neurotóxicos mais graves (sensoriais e relacionados com a dose) do que cada fármaco isolado em doses similares. - Docetaxel
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Netupitant + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Espera-se que os níveis de plasma sanguíneo do netupitant aumentem quando combinados com inibidores da enzima hepática CYP3A4 e baixem quando combinados com indutores desta enzima. O netupitant é um inibidor da CYP3A4, também pode aumentar os níveis plasmáticos de fármacos que são metabolizados pelo CYP3A4. Este efeito foi observado com a dexametasona, fármacos anticancerígenos, docetaxel e o etoposido, e numa extensão menor (não clinicamente significativa) com levonorgestrel, eritromicina e midazolam. - Docetaxel
Usar com precaução

Netupitant + Palonossetrom + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos quimioterapêuticos (docetaxel, etoposido, ciclofosfamida): A exposição ao docetaxel e ao etoposido aumentou 37% e 21%, respectivamente, quando co-administrados com o Netupitant / Palonossetrom. Não se observou um efeito consistente com a ciclofosfamida após a coadminstração do netupitant. - Docetaxel
Usar com precaução

Itraconazol + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Efeito do itraconazol no metabolismo de outros medicamentos: Os seguintes medicamentos devem ser utilizados com precaução e as suas concentrações plasmáticas, efeitos e efeitos secundários monitorizados. Pode ser necessária a diminuição da dose destes fármacos se se administram conjuntamente com itraconazol. - Certos agentes antineoplásicos, tais como os alcaloides da vinca, Bussulfano, docetaxel e trimetrexato - Docetaxel
Sem significado Clínico

Fosaprepitant + Docetaxel

Observações: Quando administrado por via intravenosa o fosaprepitant é rapidamente convertido em aprepitant. As interacções medicamentosas decorrentes da administração de intravenosa de fosaprepitant são passíveis de ocorrer com substâncias ativas que interagem com o aprepitant administrado por via oral. A informação seguinte resultou de dados obtidos com o aprepitant por via oral e de estudos realizados com fosaprepitant por via intravenosa coadministrados com dexametasona, midazolam ou diltiazem. O fosaprepitant 150 mg, em dose única, é um inibidor fraco do CYP3A4. O fosaprepitant não parece interagir com a glicoproteína-P transportadora, tal como demonstrado pela ausência de interacção entre o aprepitant por via oral com a digoxina. Antevê-se que, quando comparado com a administração de aprepitant oral, o fosaprepitant provoque indução menor ou não superior do CYP2C9, do CYP3A4 e da glucuronidação. Não há dados sobre os efeitos no CYP2C8 e CYP2C19.
Interacções: Efeito do aprepitant na farmacocinética de outras substâncias activas: Agentes quimioterápicos: Não foram realizados estudos de interacção com fosaprepitant 150mg e agentes quimioterápicos, contudo, com base em estudos com aprepitant oral e docetaxel e vinorrelbina, não se esperam interacções clinicamente significativas entre Fosaprepitant 150 mg, docetaxel e vinorelbina. Não pode ser excluída uma interacção com agentes de quimioterapia administrados por via oral metabolizados principalmente ou parcialmente pelo CYP3A4 (ex., etoposido, vinorelbina). É aconselhável precaução e poderá ser necessária uma monitorização adicional nos doentes a receber medicamentos metabolizados principalmente ou parcialmente pelo CYP3A4. Foram notificados casos de neurotoxicidade pós-comercialização, uma potencial reação adversa da ifosfamida, após co-administração de aprepitant e ifosfamida. - Docetaxel
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Ifosfamida + Docetaxel

Observações: A administração sequencial ou a coadministração planeada de outras substâncias ou tratamentos que possam aumentar a probabilidade ou a gravidade dos efeitos tóxicos (por meio de interações farmacodinâmicas ou farmacocinéticas) requer uma avaliação individual cuidadosa do benefício esperado e dos riscos. Os doentes que recebem tais combinações devem ser cuidadosamente monitorizados para sinais de toxicidade de forma a permitir a intervenção atempada. Doentes tratados com ifosfamida e agentes que reduzem a sua ativação devem ser monitorizados para uma potencial redução de eficácia terapêutica e da necessidade de ajuste de dose.
Interacções: Docetaxel: Aumento da toxicidade gastrointestinal tem sido notificada quando a ifosfamida foi administrada antes da perfusão de docetaxel. - Docetaxel
Usar com precaução

Sorafenib + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros agentes antineoplásicos: Em estudos clínicos, sorafenib foi administrado com uma variedade de outros agentes antineoplásicos nos seus regimes posológicos usuais, incluindo a gemcitabina, cisplatina, oxaliplatina, paclitaxel, carboplatina, capecitabina, doxorrubicina, irinotecano, docetaxel e ciclofosfamida. O sorafenib não exerceu efeito clinicamente relevante sobre a farmacocinética da gemcitabina, cisplatina, carboplatina, oxaliplatina ou ciclofosfamida. Docetaxel: O docetaxel (75 ou 100 mg/m2 administrado uma vez a cada 21 dias) quando co-administrado com sorafenib (200 mg duas vezes ao dia ou 400 mg duas vezes ao dia administrados nos Dias 2 a 19 de um ciclo de 21 dias com um intervalo de 3 dias na dosagem em torno da administração de docetaxel) resultou num aumento de 36-80% na AUC de docetaxel e num aumento de 16-32% na Cmax de docetaxel. Recomenda-se precaução ao coadministrar sorafenib com docetaxel. - Docetaxel
Usar com precaução

Fluorocolina (18F) + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Os fármacos antimitóticos (vincristina, docetaxel, paclitaxel) e colchicina podem comprometer a absorção pelas células cancerígenas e pode levar a resultados falso negativos. - Docetaxel
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Fosnetupitant + Palonossetrom + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos quimioterapêuticos (docetaxel, etoposido, ciclofosfamida) A exposição ao docetaxel e ao etoposido aumentou 37% e 21%, respectivamente, quando co-administrados com as cápsulas de netupitant/palonossetrom administradas por via oral. Não se observou um efeito consistente com a ciclofosfamida após a co-administração do netupitant. - Docetaxel
Não recomendado/Evitar

Bulevirtida + Docetaxel

Observações: n.d.
Interacções: Foi observada in vitro uma inibição dos transportadores OATP1B1/3 pela bulevirtida, embora apenas a uma concentração ≥ 0,5 µM, a qual só é atingida in vivo após a administração de doses elevadas de bulevirtida (10 mg por via subcutânea). A relevância clínica destas conclusões é desconhecida. Como medida de precaução, é necessária uma monitorização clínica rigorosa quando os substratos do OATP1B1/3 (por exemplo, atorvastatina, bosentano, docetaxel, fexofenadina, glecaprevir, gliburida (glibenclamida), grazoprevir, nateglinida, paclitaxel, paritaprevir, pitavastatina, pravastatina, repaglinida, rosuvastatina, simeprevir, sinvastatina, olmesartan, telmisartan, valsartan e voxilaprevir) são administrados concomitantemente. Deve evitar-se, sempre que possível, a administração concomitante destes substratos. - Docetaxel
Sem efeito descrito

Pertuzumab + Trastuzumab + Docetaxel

Observações: Não foram realizados estudos formais de interacção medicamentosa.
Interacções: Pertuzumab Num sub-estudo de 37 doentes do ensaio principal aleatorizado CLEOPATRA em cancro da mama metastático, não foram observadas interacções farmacocinéticas entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Adicionalmente, na análise farmacocinética populacional, não foi demonstrada evidência de interacção medicamentosa entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Esta ausência de interacção medicamentosa foi confirmada por dados farmacocinéticos dos estudos NEOSPHERE e APHINITY. Em cinco estudos, foram avaliados os efeitos de pertuzumab na farmacocinética de agentes citotóxicos co-administrados, docetaxel, paclitaxel, gemcitabina, capecitabina, carboplatina e erlotinib. Não houve evidência de interação farmacocinética entre pertuzumab e qualquer um destes fármacos. A farmacocinética de pertuzumab nestes estudos foi comparável à observada em estudos de fármaco único. - Docetaxel
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Docetaxel
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021